Mel de abelha nativa do Paraná já pode ser comercializado em todo o País

3 de julho de 2017 às 20:42

O mel produzido por abelhas sem ferrão, nativas do Paraná, está pronto para ultrapassar as fronteiras do Estado. Em abril, a Associação de Meliponicultores de Mandirituba (Amamel), na Região Metropolitana de Curitiba, foi a primeira entidade paranaense a conseguir a certificação do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F).

Com o selo, a associação tem o aval para comercializar os produtos de seus 20 associados em todo o Brasil. “Hoje, a gente tem a perspectiva positiva de que vai ter mel paranaense em vários municípios do Paraná, em todo o Sul e no Brasil inteiro”, conta, empolgado, o produtor Benedito Antônio Uczai, que é vice-presidente da Amamel.

A meliponicultura, área que ainda é um tanto quanto desconhecida das pessoas, é o nome que se dá à criação de abelhas nacionais, sem ferrão. É diferente da apicultura, prática em que são utilizadas abelhas africanizadas, com ferrão. No Brasil, existem 300 espécies de abelhas nacionais, sendo que 35 delas estão aqui no Paraná. Uczai cria 11 espécies em sua propriedade, como a guaraipo, a mandaçaia e a manduri, que deu nome ao município de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba.

PRODUÇÃO – Cada família de abelhas sem ferrão é composta, em média, por 300 indivíduos, que produzem 1,5 kg por ano. É uma quantidade baixa, quando comparada à produção das abelhas tradicionais, com ferrão. Uma família de abelhas comuns, formada por 80 mil insetos, fabrica de 40 kg a 50 kg de mel por ano, em média. Por causa desta diferença na produção, enquanto o quilo do produto convencional sai por R$ 30, o quilo do mel das abelhas nativas sai por R$ 120.

ECONOMIA – A meliponicultura, quando analisada pelo viés econômico, ainda não é representativa. A Amamel, por exemplo, espera produzir 1,5 mil quilos de mel neste ano. O valor representa apenas 0,02% da produção do mel tradicional do Estado, que, em 2015, foi de 6,2 mil toneladas, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).

Para Humberto Bernardes Júnior, secretário-executivo da Câmera Técnica de Meliponicultores – órgão formado pelo Governo do Estado e várias instituições com foco no desenvolvimento da meliponicultora – a área, que ainda está em construção, é uma atividade lucrativa, mas o foco dela é principalmente o meio ambiente. “Em primeiro lugar, os meliponicultores buscam a proteção das espécies nativas de abelhas, que correm risco de extinção”, conta.

AMEAÇA – Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em 2016, alertou para o desaparecimento das abelhas do planeta. Os motivos são o uso excessivo de pesticidas e o desmatamento. Caso elas sumam do planeta, toda a atividade agrícola do mundo corre risco, pois as abelhas são responsáveis por polinizar 80% das plantas do mundo.

“As abelhas têm um papel silencioso e essencial para a manutenção e promoção da biodiversidade”, diz o técnico Valcir Inácio Wilhelm, responsável pela área de meliponicultura e recursos naturais do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), pertencente à Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento.

Segundo Wilhelm, o Centro ensina meliponicultores do Estado – estima-se que existam cinco mil – a utilizar práticas que mesclam a proteção das espécies e a produção. “O mais importante, antes de qualquer coisa, é buscar informações sobre a área e se atualizar sempre”, diz ele.

O Centro promove cursos sobre meliponicultora durante todo o ano. Além das capacitações, o órgão também formula políticas públicas, faz a ponte entre produtores e órgãos ambientais e auxilia na criação e no desenvolvimento da atividade no Estado.

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