O prefeito Claudio Casagrande, de Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba, afirmou que ficou indignado com a decisão da Justiça de impedir a realização dos shows da 1ª Festa da Cebola e Agricultura Familiar da cidade. Ele negou todas as denúncias descritas pelo Ministério Público (MP-PR) na liminar, que apontavam fraudes no processo licitatório.
A festa aconteceria neste sábado (28), domingo (29) e segunda-feira (30). Na programação, estavam previstas apresentações das duplas Léo e Lima, Mattos e Manollo e Zezé Di Camargo e Luciano.
De acordo com o prefeito, o MP-PR teria confundido dois eventos completamente distintos: o XXX Seminário Nacional da Cebola, que terminou na sexta-feira (27), e a 1ª Festa da Cebola, que começaria no sábado.
“O primeiro era de responsabilidade total da prefeitura, onde o processo licitatório aconteceu normalmente e dentro do prazo, e a empresa Drial Organização de Eventos Esportivos Ltda foi a vencedora. Já o segundo foi promovido pela Provopar [organização que desenvolve ações sociais em todo o Paraná], que fez outra licitação, ainda em novembro de 2017, para contratar uma empresa especificamente para shows”, explicou o prefeito em entrevista ao radialista Geovane Barreiro, no Jornal da Banda B 2ª Edição.
Casagrande defende que a ‘confusão’ do MP-PR pode ter acontecido porque a Drial também ganhou o processo licitatório da Provopar, o que, segundo ele, não passou de coincidência. “Como a empresa está em ambos os eventos, eles estão alegando indício de favorecimento, mas não foi o que aconteceu. A seleção foi aberta à concorrência e feita dentro de todos os trâmites legais”, completou.
O prefeito ainda declarou que, para os shows que seriam realizados neste fim de semana, o contrato com a Drial foi assinado em meados de fevereiro. “Por isso, diferente do que diz a liminar, a empresa podia sim vender os ingressos a partir de março. O dia 3 de abril, quando aconteceria a definição dos pregões, mencionado na liminar, na verdade é a data da licitação do seminário”.
Como os shows foram cancelados, os organizadores devem promover, nos próximos dias, o ressarcimento para as pessoas que compraram os ingressos.
Montagem da estrutura
Segundo o prefeito, a estrutura para realizar o seminário foi erguida pela Drial, dentro do que foi definido pela licitação. Como não daria tempo de desmanchá-la para o outro evento, a Provopar, junto com a empresa, decidiu aproveitar o palco – o que contrasta com a informação do MP-PR de que a estrutura havia sido montada e custeada pela prefeitura.
“Diante de tudo isso, eu fico pasmo de chegar no sábado à tarde, dia da festa, e receber essa notícia. Por que, então, não pediram o cancelamento antes? Nós não fomos intimados, nem ouvidos. Simplesmente acabaram com os investimentos e o potencial turístico desse evento e quem perde com isso é a cidade de Campo Magro”, finalizou.
Sobre o caso, a Banda B também entrou em contato com a Drial Organização de Eventos Esportivos Ltda e aguarda retorno.
Fonte: BANDA B