Um bovino de uma propriedade do interior de Prudentópolis teve morte confirmada com o diagnóstico de raiva. A informação foi confirmada pela unidade regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). O caso soma-se ao ocorrido em Goioxim, que também resultou na morte de um bovino, contaminado pelo mesmo vírus.
De acordo com a médica veterinária responsável pela Agência de Prudentópolis, Márcia Mendes, a morte do animal ocorreu em 20 de junho, com diagnóstico confirmado no dia seguinte. O bovino contaminado integrava o rebanho de uma propriedade na localidade de Terra Cortada, região limítrofe entre os municípios de Prudentópolis, Inácio Martins, Irati e Guarapuava.
“A partir da confirmação do diagnóstico nós iniciamos um serviço de verificação de focos e de controle em um raio de 12 km do local de ocorrência. Por isso, com esse caso, o trabalho da equipe de outras cidades também está sendo importante, já que mobiliza outras áreas”, declarou a médica veterinária.
Assim como em Goioxim, a confirmação do diagnóstico evidencia a existência de foco de morcegos contaminados na região. Segundo Márcia, os morcegos hematófagos, responsáveis pela transmissão do vírus em bovinos e humanos, apesar de conseguirem sobreviver por um tempo maior após a contaminação, também acabam morrendo. A partir da identificação de animal contaminado, Márcia elenca três passos fundamentais para a ação do proprietário.
Primeiramente o produtor deve imediatamente providenciar a vacina do seu rebanho, sendo importante a realização das duas doses vacinais, com o intervalo de 30 dias entre uma e outra. O segundo passo é comunicar a Adapar a partir do momento em que perceber a ocorrência de sintomas suspeitos para nós passarmos no local e realizar a coleta. Só a partir da coleta e da análise em laboratório nós conseguimos confirmar ou não o diagnóstico da raiva. Por fim, o proprietário deve informar os agentes da repartição sobre o possível abrigo desses animais, para verificação e execução de trabalho de controle da Adapar.
Os sintomas mais notórios do vírus em bovinos desencadeia a aparência de baba excessiva, falta de coordenação e paralisia dos membros. Em morcegos contaminados, soma-se ainda sua exposição durante o dia. Em todos os casos, a orientação é evitar qualquer tipo de contato físico com os animais.
A partir da confirmação do caso, a secretaria de saúde de Prudentópolis, assim como em Goioxim, também foi notificada e agora passa a realizar trabalhos de orientação a comunidade. Apesar da doença oferecer risco a humanos, a Agência e a 5ª Regional de Saúde informaram ainda nesta semana que a situação está sob controle.
Fonte: Rede Sul de Notícias