As funções de uma biblioteca vão muito além do empréstimo de livros. Com o objetivo de levar a literatura para além das estantes do acervo, a Biblioteca do campus Irati da Unicentro realizou um evento em comemoração ao Dia do Livro Infantojuvenil. “A literatura incentiva o indivíduo a despertar para o mundo e estar ao lado da criança nesse processo é de nossa responsabilidade, como pais, mães, professores e bibliotecários”, destacou a bibliotecária do campus Irati, Carmen Pegoraro.
De acordo com as organizadoras do evento, as estagiárias Marilene Damaceno de Meira e Kelen Albuquerque, as atividades buscaram refletir sobre a
importância do incentivo à leitura desde cedo. “Quisemos focar no aprendizado da criança sobre a leitura e em como o professor é o principal mediador nesse processo, para desenvolver o hábito em sala de aula”, contextualizou Kelen. A professora Regina Chicoski, do Departamento de Letras, foi uma das palestrantes e falou sobre os recursos usados pela literatura infantojuvenil, como ilustrações e linguagem coloquial, para atrair os leitores em processo de alfabetização e aprendizagem. “Nós estamos na era da imagem, da comunicação visual. Então, os livros estão vindo com mais efeitos. A criança, de início, é atraída pela imagem, são esses formados que vão atrair e colaborar para ela se formar, aos poucos, como um leitor crítico, até não precisar mais desses acessórios e, enfim, ter estrutura para ler de tudo”.
As atividades da Unicentro que celebraram o Dia Nacional do Livro Infantojuvenil tiveram a participação de mais de cem pessoas, entre elas,
alunos de graduação, mães, pais e professores das redes municipal, estadual e superior de ensino. O público também teve a oportunidade de ouvir e aprender com uma das formas mais dinâmicas de introduzir as crianças no universo literário – a contação de histórias.
A professora Nelci Rozyski Wolski, diretora da Escola Municipal Irmã Helena Olek, em Irati, narrou três diferentes contos infantis de forma lúdica e
interativa. “A contação de histórias é uma necessidade humana e se a gente trazer isso para o universo infantil, vamos colocando bagagem, ampliando a visão e preparando a criança para entender o mundo que nos cerca, as relações humanas, os sentimentos, aquilo que é tão abstrato, mas que dentro
de uma linguagem infantil ela compreende”.