As temperaturas mais elevadas registradas nesta semana aumentam as chances da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A Secretaria de Estado da Saúde reforça o alerta para que todo paranaense adote as medidas preventivas e ajude a eliminar criadouros que podem estar em imóveis, residencial ou comercial. “Temperaturas elevadas e água parada tornam os ambientes ainda mais propícios para formação dos criadouros; pedimos o apoio da população no controle vetorial, ou seja, na busca por focos e criadouros nos domicílios. Precisamos estar atentos, evitando sempre que o mosquito se crie. Esta é uma responsabilidade coletiva e toda a sociedade deve estar envolvida”, afirma o secretário Beto Preto.
O boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (10) pela Sesa registra 257 casos confirmados de dengue em 75 municípios do estado. São 72 casos a mais que a semana anterior.
As 22 Regionais de Saúde do Paraná apresentam notificações para a doença. São 2.767 notificações em 185 municípios.
Três municípios estão em situação de alerta: Floraí, com 8 casos; Inajá, com 6, e Flórida, com 5. Os casos são autóctones, ou seja, a doença foi contraída na cidade de residência da pessoa infectada.
Outros 12 municípios apresentaram casos autóctones pela primeira vez no período monitorado: Medianeira, Moreira Sales, Peabiru, Iporã, Indianópolis, Paiçandu, Rolândia, Cornélio Procópio, Sertaneja, Cambará, Jacarezinho e Assis Chateaubriand.
Os dados são do período de 27 de julho até a data de hoje.
A Secretaria Estadual da Saúde mantém o pedido para que todo cidadão “reserve um momento da semana para verificar se em seu domicílio não há possíveis focos do mosquito Aedes aegypti”, explica Ivana Belmonte, coordenadora da Divisão de Vigilância Ambiental. “O alerta é muito importante; é preciso verificar os lugares mais prováveis para os criadouros, como os pratinhos de vasos de plantas, ralos, calhas, lixeiras dentro e fora de casa, e também aqueles que ficam fora do alcance dos olhos, como antenas parabólicas e depósitos de água elevados. Alertamos também para que uma verificação minuciosa seja feita por donos de imóveis no litoral. Os imóveis que ficam fechados por períodos mais longos podem abrigar criadouros e todos precisam ser eliminados antes e durante a temporada do verão”, destaca a coordenadora.
Oficinas – A Sesa apoia as ações preventivas desenvolvidas pelos municípios e, nesta semana, realiza oficinas sobre Gestão da Assistência nas Arboviroses e Plano de Contingência Municipal para a dengue. Os encontros acontecem amanhã, quinta e sexta-feira, em Loanda, Paranavaí e Maringá, reunindo profissionais e gestores dos municípios das regiões.
O médico da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores, Eneas Cordeiro, salienta que a participação de representantes dos municípios é fundamental, pois a situação da dengue no estado é grave. “Não tivemos interrupção de transmissão da doença no inverno e isto é indicativo de que teremos um combate ainda mais árduo pela frente na mudança de estação”.
O boletim semanal divulgado hoje registra 29 notificações para a chikungunya e 4 para ika vírus.
Balanço anterior – Entre julho de 2018 a julho de 2019 o Paraná registrou 23 óbitos por dengue. Foram 23 mil casos confirmados da doença e cerca de 70 mil notificações