Além de João Ricardo de Mello, mais sete pessoas foram presas por crimes de fraude à licitação, falsidades ideológicas e peculatos no âmbito da prefeitura.
O Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação Dejavú, que prendeu o prefeito de São Jerônimo da Serra, João Ricardo de Mello e mais sete pessoas nesta quarta-feira.
A operação apura a atuação de uma organização criminosa na prática de crimes de fraude à licitação, falsidades ideológicas e peculatos no âmbito da prefeitura.
Na lista dos demais presos de forma preventiva, segundo o promotor Leandro Antues, estão o suposto “testa de ferro” Luiz Roberto Sutil (mais conhecido como “Peito Liso”), os empresários Marlete Aparecida de Sales, Sander Rogério Pereira, Erickson Augusto Arias, Guilheme Casarin Borch e Francisco Claudio Arias e o funcionário Adriano de Carvalho. As investigações mostram que as empresas londrinenses participavam dos supostos esquemas fraudulentos. Empresários que vivem na cidade são os alvos dos mandados de prisão.
Ainda de acordo com o promotor, os envolvidos superfaturavam contratos com empresas ou até mesmo, emitiam notas fiscais frias para embolsar valores. O prejuízo aos cofres públicos ainda não foi calculado.
O total de 43 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em oito municípios além de São Jerônimo da Serra, que são Curitiba, Londrina, Cambé, Cornélio Procópio, Assaí, Cruzmaltina, Terra Nova e Nova Santa Bárbara. Segundo Antunes, a apreensão de documentos, anotações e celulares vai ajudar na continuidade das investigações.
A justiça deferiu cautelares que proíbe quatro investigados de frequentarem a prefeitura. São eles: o vice-prefeito Laércio Pereira Correia, os servidores públicos Dhiego Wilson Martins Sampaio (mais conhecido como Dhiego Matão) e Izamari Fidélis da Silva e a empresária Sandra Miyuki. Os três que ocupam cargo público também foram afastados das funções.
Quanto ao prefeito preso, o Ministério Público (MP) afirma que ele tinha ciência das fraudes e chegou a participar delas.
A investigação do MP começou há um ano.
Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com as defesas dos envolvidos.