O vereador de Ivaí, na região dos Campos Gerais do Paraná, Luisir Lobacz (MDB) foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e receptação pela morte de um empresário da cidade. A Polícia Civil concluiu o inquérito nesta segunda-feira (2).
Luisir Lobacz é acusado de ter matado a facadas Everaldo Manfron, no dia 25 de janeiro. O empresário foi agredido dentro de um supermercado da cidade e morreu em um hospital de Ponta Grossa.
De acordo com a Polícia Civil, o vereador impossibilitou a defesa da vítima e cometeu o crime por motivo fútil.
O criminoso também irá responder por receptação por conta de um colete balístico encontrado na casa dele, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, conforme a polícia.
Lobacz é considerado foragido da Justiça. Após a conclusão do inquérito, o caso segue para o Ministério Público do Paraná (MP-PR).
O advogado de Luisir Lobacz, Fernando Madureira, disse que irá se manifestar após o recebimento da denúncia apresentada pelo MP-PR.
Conforme a defesa, não há data para que o vereador se apresente à polícia.
O caso
Familiares de Everaldo Manfron disseram que o vereador e o empresário se desentenderam horas antes do crime. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o homem chega no supermercado e agride a vítima.
Os golpes de faca atingiram o tórax e os braços do empresário. Ele foi socorrido e levado para um hospital de Ivaí. Horas depois, a vítima foi transferida para Ponta Grossa em estado gravíssimo.
Manfron chegou a passar por uma cirurgia e levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil afirmou que o crime pode ter sido motivado por uma dívida antiga que o vereador teria com o empresário ou por conta do barulho de um bar, onde estava Lobacz no dia em que o crime aconteceu.
A defesa do vereador chegou a informar que ele iria se apresentar à polícia, no entanto a ida foi cancelada. O advogado dele afirmou que Lobacz estava arrependido e com quadro de depressão grave.
Atualmente, a Câmara de Ivaí discute a cassação do mandato do vereador, que foi o mais votado nas eleições municipais de 2016.
Fonte: G1