Imbituva ganhará 177 casas novas em programa de requalificação urbana

5 de novembro de 2020 às 10:32

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A Vila Zezo, em Imbituva, nos Campos Gerais, é um canteiro de obras de casas novas. O som do sobe e desce de tijolos, do rádio de pilha dos pedreiros e do entra e sai de caminhões no pequeno bairro desgarrado da Rodovia dos Imigrantes (estrada para Teixeira Soares) acontece em apenas seis quadras, mas reverbera na ansiedade das famílias que aguardam a transformação das antigas estruturas de madeira ou de materiais improvisados em imóveis de alvenaria.

A requalificação urbana se dá em um espaço em formato de U nos limites do terreno do vilarejo, que faz divisa com plantações de eucalipto de uma indústria de compensados. A prefeitura comprou essa área há mais de vinte anos e a Cohapar executou um projeto de moradia popular nessas quadras no começo dos anos 1990, mas desde então as beiradas começaram a ser ocupadas na gambiarra. Essas laterais são os alvos do projeto.

As obras envolvem 177 casas, divididas em 157 construções novas e 20 reformas completas. Elas estão distribuídas em nove blocos ou pequenos conjuntos espaçados no curioso e religioso bairro residencial de apenas 12 ruas, mas que tem três mercados e quatro templos: Igreja da Assembleia de Deus, a Capela Nossa Senhora Aparecida, a Igreja Evangélica Menonita de Imbituva e a Igreja Menonita Mensagem da Paz.

O investimento do Governo do Estado é de R$ 16,3 milhões, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e engloba, além das unidades habitacionais, a terraplanagem para um campo de futebol, que será implementado pela prefeitura de Imbituva, e pavimentação com drenagem nas ruas de acesso, além de calçamento e meio-fio.

“Essa obra é especial porque envolve requalificação completa, mais qualidade de vida. As pessoas deixaram as suas casas, estão vivendo com aluguéis sociais, e em breve retornarão para espaços totalmente adaptados e seguros”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “É um projeto voltado para populações vulneráveis e que nos orgulha. Estamos investindo muito forte em programas de desfavelização e acesso digno à moradia”.

A expectativa de entrega definitiva do empreendimento é em agosto de 2021. As obras já atingiram 25%, o que significa algumas casas já totalmente construídas, com paredes, reboco e lajes. As construções envolvem de 35 a 50 trabalhadores, dependendo do estágio e da disponibilidade de equipamentos, todos de Imbituva, Rebouças, Ipiranga e Ivaí, municípios da região.

As obras fazem parte do Nossa Gente, programa desenvolvido pela Secretaria de Justiça, Família e Trabalho e pela Cohapar. Essa é uma estratégia que não envolve ônus financeiro para as famílias e que serve para garantir segurança e conforto para os mais vulneráveis economicamente. O projeto de Imbituva é um dos mais emblemáticos da requalificação urbana do Estado nesta década e o maior empreendimento do programa em quantidade de imóveis em andamento.

“A ideia desse projeto é manter as pessoas no mesmo lugar de origem, onde já estão habituadas, desmanchando casas precárias e impróprias para construir espaços mais dignos, com infraestrutura e urbanização adequadas”, destaca o presidente da Cohapar, Jorge Lange. “Essas famílias passam um tempo longe de casa enquanto entramos com as máquinas e com os projetos. Depois desse período a casa nova vira uma casa definitiva, sem improviso”.

Todas as casas de Imbituva têm dois quartos, sala, cozinha e banheiro e laje de concreto, mais estável para enfrentar as instabilidades do clima. São três modelos, com 42 metros quadrados, 49 metros quadrados (apenas quatro, para portadores de deficiência) e 50 metros quadrados. Elas serão entregues como todos os acabamentos necessários para mudança imediata, como piso, pintura, portas, ligações elétricas e de água, e tanque do lado de fora.

PROJETO – O projeto da Vila Zezo começou a sair do papel em julho do ano passado, com as primeiras retiradas das casas antigas, muito simples e surradas pelo tempo. Em setembro, com os imóveis vazios, as máquinas e os técnicos começaram o processo de demolição e limpeza dos terrenos. Logo em seguida aconteceu a primeira sondagem da construtora porque o projeto era antigo, de 2012, e foram detectados erros no desenho original.

A empresa contratou uma topografia com RTK, sistema mais moderno do mercado, e a partir dele foram geradas duas conclusões: um ajuste permitiu espaço para a construção de mais duas casas, mas alguns problemas no terreno provocaram mudanças estratégicas no formato das fundações para garantir mais segurança para as casas.

O empreendimento sofreu alterações principalmente por questões ligadas ao solo, muito inclinado, arenoso e em alguns locais com infiltração de água e detecção de turfa, que é um material pantanoso. Foi por isso que nos anos 1990 não foram permitidas construções nas laterais, apenas no miolo.

Para atender o rascunho original, com pilotis, a fundação nesse terreno teria que ser feita com estacas profundas, até nas pedras, para garantir a segurança, o que encareceria muito o projeto. Os técnicos da Cohapar e da construtora consentiram em alterar a fundação para utilização de radier, tipo de caixa rasa que se assemelha a uma placa ou laje que abrange toda a área da construção. O radier tem 20 centímetros de altura e duas malhas de ferro.

A partir do final do ano passado, resolvidos esses impasses, foram abertas diversas frentes de trabalho nos locais sem banhado, com aterros onde era possível, e onde ainda não é viável está em elaboração um projeto de drenagem e de muros de arrimo nas divisas, que deve ser concluído nos próximos dias para dar novo ritmo no projeto. Só em terraplanagem serão 60 mil metros cúbicos.

Atualmente há 75 unidades com fundação concluída, 65 casas em construção, e previsão de alcançar 105 unidades entregues até o final de dezembro de 2020. Dez casas estão aguardando soluções técnicas e as demais começarão a ser construídas a partir do ano que vem, com esses projetos de drenagem zerados.

Além das adaptações de projeto, a pandemia provocada pelo novo coronavírus também atrasou as entregas, principalmente em função da retomada da economia e do boom da construção civil, justamente porque a construtora não encontra, em certos períodos, tijolo, cimento, concreto e outros materiais, espelhando a realidade atual desse mercado. Numa expectativa otimista, no entanto, as obras ficam prontas em julho de 2021, antes do prazo acordado com o BID, em agosto.

“Com esse novo projeto regularizamos definitivamente uma área onde havia casas irregulares e improvisação. Tivemos diversas alterações, mas elas estão avançando rapidamente. É uma área importante da cidade e que precisava desse apoio”, arremata Ari Ribeiro Filho, chefe do escritório regional da Cohapar de Ponta Grossa. “É um marco histórico para os Campos Gerais”.

HISTÓRICO – Há cinco anos Imbituva, cidade de pouco menos de 30 mil habitantes, não recebia um projeto de moradias populares da Cohapar. O último foi um conjunto de 156 casas na entrada da cidade, em parceria com o governo federal. Há, ainda, um deficit de mil unidades no município, mas um novo terreno já foi adquirido pela prefeitura no Morro das Pedras. Em paralelo, 1,2 mil famílias estão passando por processo de regularização fundiária nas vilas Zezo, Brasil, Nova e Athaydes Beraldo.

Fonte: AENPR

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