Ainda que expressivo, o crescimento não foi suficiente para compensar as perdas da primeira metade do ano, provocadas pela pandemia de coronavírus. Segundo o IBGE, o PIB encolheu 1,5% no primeiro trimestre e 9,6% no segundo.
Indicadores de prazo mais longo evidenciam que a economia brasileira ainda está abaixo dos níveis de um ano atrás. Na comparação com o resultado do terceiro trimestre de 2019, o PIB encolheu 3,9%, informou o IBGE.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a geração de riquezas ficou 5% abaixo da registrada no mesmo período de 2019. No acumulado de 12 meses, por sua vez, a retração foi de 3,4%.
O avanço de 7,7% no terceiro trimestre era esperado por parte dos economistas. Mas ficou abaixo da média das projeções, e muito aquém das mais otimistas.
Consultorias e instituições financeiras consultadas pela agência Bloomberg projetavam crescimento entre 7,4% e 11,2% no terceiro trimestre sobre o segundo, com mediana de 8,7%. Em levantamento do jornal “Valor”, bancos e consultorias projetavam altas entre 7,4% e 9,5%, com mediana de 8,8%.
O resultado do PIB por setores
O avanço do PIB na passagem do segundo para o terceiro trimestre foi liderado pela indústria, que cresceu 14,8%, e pelo setor de serviços, que subiu 6,3%. A agropecuária, por sua vez, encolheu 0,5%.
“Entre as atividades industriais, destaca-se o crescimento de 23,7% das Indústrias de transformação. Também houve aumento para eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (8,5%), construção (5,6%) e indústrias extrativas (2,5%)”, informou o IBGE.
Segundo o instituto, todos os segmentos de serviços cresceram. A alta mais forte foi a do comércio, que aumentou 15,9% em relação ao segundo trimestre, seguido por transporte, armazenagem e correio (12,5%); outras atividades de serviços (7,8%); informação e comunicação (3,1%); administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,5%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%); e atividades imobiliárias (1,1%).
Fonte: Gazeta do Povo