“Investimos R$ 5 bilhões em infraestrutura, mas a projeção é de R$ 50 bilhões”, afirma Sandro Alex

20 de abril de 2021 às 13:17

Localizado em um ponto privilegiado no mapa, que permite acessos aos principais centros consumidores e produtores do Brasil e do Mercosul, o Paraná se prepara para se tornar a grande central logística da América do Sul. São investimentos bilionários em diferentes modais logísticos: das estradas aos trilhos, dos portos aos aeroportos.

O ano de 2021 será um marco nesse processo, fruto de um planejamento que é executado desde o início da gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Nesta entrevista, o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, ressalta que os projetos na área são ambiciosos, já preparando o Estado para os próximos 30 anos.

Isso inclui as novas concessões rodoviárias, que preveem 1.700 quilômetros de rodovias duplicadas nos primeiros anos de contrato; um novo traçado férreo de 1.285 quilômetros ligando Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá, e os investimentos do próprio porto para atender a demanda ferroviária.

O secretário destaca como esses corredores logísticos visam garantir a mobilidade e o atendimento à produção paranaense nas próximas décadas.

“Estamos de olho no futuro, mas com o pensamento focado no presente. Os planejamentos que fazemos desde o início do governo, atuando em várias frentes e vários modais, já está colhendo resultados positivos”, afirma.

“Se hoje investimos R$ 5 bilhões em infraestrutura, a projeção para a próxima década é de R$ 50 bilhões, um volume que vai marcar a história do Estado e acompanhar o crescimento do agronegócio e a atração de indústrias para o Paraná.

A projeção é que o Estado se torne um grande canteiro de obras na próxima década”, salienta Sandro Alex.

A largada já foi dada no início deste mês, quando quatro aeroportos do Paraná foram levados a leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3).

Em um trabalho conjunto entre o Governo do Estado, o Ministério da Infraestrutura e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com apoio do setor produtivo, garantiu investimentos importantes nos terminais, como a construção da terceira pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena.

O resultado veio no martelo: o Bloco Sul, que tinha os aeroportos paranaenses como os principais ativos, foi arrematado com ágio de 1.534%.

Uma das promessas da atual gestão é posicionar o Paraná como o hub logístico da América do Sul. Como o Estado avançou nesse sentido?

Estamos em uma fase de colheita de projetos e planejamentos que fizemos já no início do governo, atuando em várias frentes e vários modais. Mesmo com a pandemia estamos colhendo resultados positivos.

Quando o governador Ratinho Junior fala que o Paraná é um grande centro logístico do Brasil, ele está tratando de todos os modais – rodoviário, ferroviário, aéreo – e os portos. Já cumprimos agora o que planejamos no início da gestão.

A infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento do Estado, porque ninguém investe em uma região que não tem logística. Hoje o Paraná está em obras, mas nos próximos anos será um verdadeiro canteiro de obras, com investimentos bilionários nos aeroportos, nas ferrovias e nas rodovias.

É um volume gigantesco, se hoje investimos R$ 5 bilhões em infraestrutura, a projeção para a próxima década é de R$ 50 bilhões, um volume que vai marcar a história do Estado, que vai acompanhar o crescimento do agronegócio e a atração de indústrias para o Paraná.

Qual a sua avaliação sobre o leilão dos aeroportos, como a nova concessão vai impactar na logística estadual?

O resultado do leilão dos aeroportos não é fruto de um trabalho recente, mas de uma discussão iniciada em 2019. O leilão começou com o Governo elencando quais aeroportos passariam à concessão privada, sendo definidos o Afonso Pena, Londrina, Foz do Iguaçu e o Bacacheri, com uma construção do Estado para garantir investimentos nesses terminais. A batida do martelo resultou em um grande ágio, mas estávamos focados, até então, no volume de investimentos nos aeroportos, queríamos essa garantia. O Governo do Paraná trabalhou ao longo dos últimos meses para garantir a inclusão da terceira pista em Curitiba, o ILS (sistema de pouso ou aterragem por instrumentos) e a ampliação do terminal de passageiros de Londrina e o avanço dos investimentos que já estávamos fazendo no Aeroporto de Foz do Iguaçu, que ganhou a ampliação da pista mesmo com o andamento do leilão. Tudo isso chamou atenção na disputa e deu um grande ganho na batida do martelo. É uma consequência de um trabalho bem-feito pelo Paraná, que defendeu na consulta pública a construção da terceira pista mais de um ano atrás. Houve um trabalho das entidades e do governo, que atuaram em um momento adequado e de maneira legal para garantir a execução dessas obras, pois sabíamos da importância para os próximos 30 anos. O Paraná vai se transformar em um grande hub aéreo, com uma das principais malhas do País, vai ter uma categoria de aeroporto idêntica ao maior da América Latina, que é o de Guarulhos. Falamos de um aeroporto com capacidade para aeronaves de qualquer porte de voos internacionais, um ganho espetacular para o Aeroporto Afonso Pena.

O Lote Sul do leilão, do qual os aeroportos paranaenses fizeram parte, contava com outros aeródromos menores. Isso de alguma forma interfere nos investimentos no Estado?

A União faz um investimento cruzado entre aeroportos que têm grande expectativa e outros que não têm uma demanda tão grande. O que tínhamos que fazer naquele momento não era brigar para separar, porque a União trabalha com a região toda e queria garantir investimentos em outros aeródromos que sozinhos não se viabilizam. Como éramos a joia da coroa, procuramos naquele momento receber a atenção devida, para garantir que tivéssemos investimentos à altura da capacidade dos nossos aeroportos. O fato deles terem sido arrematados com outros estados não impediu de incluir no projeto a ampliação de capacidade dos nossos aeroportos, inclusive no Aeroporto do Bacacheri, que terá uma ampliação para receber aviões maiores. O Paraná, que tinha as estrelas do lote, puxou os demais. Saímos muito felizes porque fomos valorizados. A Secretaria de Aviação Civil, o Ministério da Infraestrutura e a Anac perceberam que o Estado tinha demanda para os próximos 30 anos para receber esses investimentos, mas é claro que houve uma defesa técnica e política, muito trabalho realizado em Brasília para que pudéssemos chegar a esse momento.

O Estado chegou a implantar um programa de aviação regional, que foi interrompido pela pandemia. Quais são os planos futuros com relação ao Voe Paraná?

O Voe Paraná foi um programa extremamente bem-sucedido e se transformou no maior programa de aviação regional do Brasil, tanto que o Paraná chegou a ter a maior malha aérea regional brasileira. Claro que as restrições de voos, com cancelamentos mundiais, impactaram ainda mais nos aeroportos menores. Mas estamos prontos para retomar assim que voltarmos à normalidade. A ampliação de capacidade dos aeroportos de Foz do Iguaçu, Londrina e Curitiba também vai refletir nesse programa, porque, como ocorreu naquele primeiro momento, agregaremos dezenas de voos a eles, além de garantir que cheguem em Guaíra, Pato Branco, Ponta Grossa e inúmeras cidades. Estamos prontos para retomar, já temos negociação adiantada com as empresas, mas neste momento delicado ainda não há como avaliar precisamente o retorno. Mas assim que tivermos uma estabilização da Covid-19, não temos dúvidas de que estaremos novamente com o programa em ação.

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