O Plano Paraná Mais Cidades (PPMC) já entregou 160 cadeiras de rodas para a prática de paradesporto e incentivar pessoas com deficiência a buscarem atividades esportivas. O público-alvo são crianças e adolescentes de 6 a 17 anos. O programa foi instituído pelo Governo do Estado com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos municípios paranaenses, sendo implementado pelas secretarias e autarquias em suas respectivas áreas de atuação.
As ações do programa incluem ainda a implementação de kits multimodalidades paradesportivas, além de capacitações. O valor de cada kit é estimado em R$ 50 mil. Ao todo, o projeto já investiu cerca de R$ 800 mil. Foram firmadas parcerias com o Conselho Regional de Educação Física (Cref) e as instituições de Ensino Superior para a capacitação de profissionais e acadêmicos, projetos de extensão e otimização de campos de estágio.
“As cadeiras anteriormente utilizadas já tinham 20 anos. Este projeto veio para dar condições de que eles pudessem jogar de igual para igual com os melhores times do Paraná e do Brasil”, disse o coordenador de Esportes da Associação dos Deficientes Físicos de Umuarama (Adefiu), Ademir Wetphal.
“O Governo do Estado entende e tem como uma das prioridades o desenvolvimento do esporte paralímpico”, afirmou o superintendente-geral do Esporte, Helio Wirbiski. “Temos um convênio com o Comitê Paralímpico Brasileiro no sentido de capacitar professores nas escolas para que recebam a criança com deficiência e que elas tenham o primeiro contato com o paradesporto, que vai gerar inclusão”.
Foram 12 cidades atendidas com 16 projetos diferentes. Araucária, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Carambeí, Piraquara e Curitiba receberam projetos de iniciação. Cascavel, Guarapuava, Londrina, Pinhais, Umuarama (basquete), Curitiba (quad rugby e tênis em cadeira de rodas) e São Miguel do Iguaçu (handebol em cadeira de rodas) receberam projetos de renovação de equipamentos.
PROJETOS
Em Umuarama o projeto de basquete acontece desde 2018 com a Adefiu. É uma parceria com a Unipar e a Secretaria de Esportes do município.
Em São Miguel do Iguaçu o projeto de handebol existe há 12 anos – atende 15 a 20 pessoas e outras cidades no entorno do município, acarretando em um desenvolvimento regional. O técnico do handebol Diego Basílio avalia a atuação do projeto no município. “Aumentou muito a qualidade na prática do esporte e do equipamento. Já temos como melhores resultados o terceiro lugar no Parajaps 2018 e medalha de bronze no Campeonato Brasileiro de Handebol”, afirmou.
O município de Pinhais conta com o Instituto Reagir para atender o projeto de basquete em cadeira de rodas, vôlei sentado, natação, atletismo e xadrez, e está desenvolvendo também o paradesporto escolar para Curitiba e Região Metropolitana.
Em Curitiba foram entregues quatro kits de cadeiras de rodas, sendo um para a Universidade do Esporte e outros três para a Sociedade Esportiva de Saúde e Esporte. Os projetos englobam tênis e quad rugby, além do rugby league, que é uma modalidade nova sendo desenvolvida. Estão fazendo a preparação para o Campeonato Brasileiro de Rugby.
PARADESPORTO EM NÚMEROS
Na última década, o Governo do Paraná, por meio do Programa Geração Olímpica, patrocinado exclusivamente pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), concedeu 1.136 bolsas para atletas de 18 modalidades paralímpicas. É o maior incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta em nível estadual.
No Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte), 14 projetos paradesportivos já foram contemplados, se somadas as edições de 2018 e 2019. Na edição atual (edital 2020), 19 projetos passaram pela fase de habilitação e concorrem, tendo ainda as etapas de Análise Técnica e de Mérito e a de Aprovação de Projetos pela frente.
(Reportagem: AENPr/com revisão).