Com planejamento, Paraná tira grandes obras de engenharia do papel, afirma governador

16 de fevereiro de 2022 às 08:46

Fruto de longo planejamento, o Paraná avança para tirar grandes obras de engenharia do papel, como o projeto da Nova Ferroeste e o Novo Programa de Concessões Rodoviárias do Estado.

A melhoria da infraestrutura foi destacada nesta terça-feira (15) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, que participou, em Brasília, da abertura do 11º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Ratinho Junior explicou que o Governo do Estado lançou, em 2019, primeiro ano de mandato, a iniciativa inédita de planejar o Estado para os próximos 30 anos. Com a criação de um banco de projetos executivos, o governo pode deixar organizadas as obras prioritárias nas mais diversas áreas para resolver gargalos históricos da infraestrutura paranaense.

“O Paraná é um dos grandes produtores de alimento, por isso era importante ter um planejamento que pensasse o Estado para o médio e longo prazo. Se produzimos tanto, é necessário ter uma infraestrutura de qualidade para escoar essa produção”, afirmou Ratinho Junior.

“Graças a esse banco de projetos, conseguimos reunir os estudos para planejar a infraestrutura do Paraná, e já temos no horizonte executar grandes obras de engenharia”, disse.

A maior delas, afirmou o governador, será a nova linha férrea que vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá.

O projeto da Nova Ferroeste prevê ampliar o traçado atual da ferrovia, que conta com 248 quilômetros de linhas férreas entre Cascavel e Guarapuava, e deve chegar a 1.304 quilômetros de trilhos.

AMBIENTE – O Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) já foram aceitos pelo Ibama e a previsão é iniciar em abril as audiências públicas com os municípios de abrangência do projeto.

“Será o segundo maior corredor férreo do Brasil, atrás apenas da malha paulista. A nova ferrovia beneficia não apenas o Paraná, como também o Mato Grosso do Sul, o Oeste de Santa Catarina e os países vizinhos, conectando o Centro-Oeste brasileiro ao Porto de Paranaguá”, explicou Ratinho Junior.

Para o presidente do Confea, Joel Kruger, a atuação do Governo do Estado para modernizar a infraestrutura mostra que o Paraná tem grande apreço ao trabalho dos profissionais de engenharia.

“O governador é um grande amigo da engenharia e o Governo do Estado valoriza muito a engenharia, a agronomia e as geociências. Isso é demonstrado com os grandes profissionais da área que compõem as equipes de governo”, afirmou.

EM EXECUÇÃO – Do banco de projetos citado por Ratinho Junior, também saíram obras importantes para o Estado e que já estão em execução, sendo que muitas delas devem ser concluídas ainda neste ano.

Entre elas estão a pavimentação da PRC-280, no Sudoeste, a primeira rodovia estadual que recebe pavimento de concreto; a duplicação da PR-323, no Noroeste; e a implantação de terceiras faixas na PR-092, entre os Campos Gerais e o Norte Pioneiro.

Além dessas obras rodoviárias, o Novo Programa de Concessões Rodoviárias do Paraná, que vai envolver 3,3 mil quilômetros de estradas estaduais e federais, prevê investir R$ 44 bilhões nos primeiros anos de contrato, incluindo 1,7 mil quilômetros de duplicações.

A nova modelagem, construída em parceria com o governo federal, está em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e deve ir a leilão ainda neste ano.

OUTROS MODAIS – Além dos modais rodoviário e ferroviário, o Governo do Estado conta com projetos e investimentos também na malha aérea e área portuária.

Destaque para o programa Voe Paraná, que retomou no ano passado após ser paralisado por causa da pandemia de Covid-19. Diversas cidades do Paraná contam com conexão direta a Curitiba a partir de voos semanais das empresas Azul e Aerosul Linhas Aéreas.

Por dois anos consecutivos, os portos do Paraná foram reconhecidos pelo Ministério da Infraestrutura como a melhor gestão portuária do País. Investimentos do Governo do Estado também focam na eficiência e agilidade na movimentação de cargas.

Um exemplo é o novo Moegão, que vai ampliar a capacidade de carga e descarga de produtos transportados pela via férrea e deve triplicar a movimentação do Cais Leste do Porto de Paranaguá.

PRESENÇAS – Participaram da solenidade o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli; o secretário-adjunto de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Domingos Romeu Andreatta; o senador Eduardo Braga e o embaixador de Cabo Verde, José Pedro Chantre D’Oliveira.

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