As deputadas estaduais protocolaram, nesta semana, o Projeto de Resolução 5/2022, que propõe a criação da bancada feminina na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O objetivo é garantir às parlamentares um instrumento formal para a defesa de posicionamentos conjuntos na Casa.
“A instalação da bancada feminina é um passo importante para termos mais voz e participação em posições de liderança”, defende a deputada estadual Cristina Silvestri (CDN), que é procuradora especial da mulher na Alep.
O projeto foi apresentado em plenário na última segunda-feira (21). Se for aprovado, além dos votos conjuntos, as deputadas terão mais poder administrativo.
Elas poderão, por exemplo, indicar membros para as comissões da Casa e participar do Colégio de Líderes, órgão consultivo da Alep. A proposta também determina que as deputadas tenham pelo menos 30% de participação da Mesa Diretora, hoje formada só por homens.
Conforme o projeto de resolução, a bancada feminina terá a participação de todas as deputadas da Casa, independentemente de partido político ou de participação em outras bancadas.
Além de Cristina Silvestri, a proposta é assinada pelas outras quatro parlamentares: Cantora Mara Lima (PSC), Mabel Canto (PSC), Maria Victória (PP) e Luciana Rafagnin (PT).
A iniciativa já tem o apoio de seis deputados: Anibelli Neto (MDB), Arilson Chiorato (PT), Boca Aberta Junior (Pros), Goura (PDT), Professor Lemos (PT) e Luiz Claudio Romanelli (PSB). Eles são co-autores do projeto.
A proposta de criação de uma bancada feminina é inédita no Paraná. Esses grupos já existem em outras esferas, como no Senado e na Câmara Federal.