Cinco meses após o deputado estadual Soldado Fruet (PROS) protocolar um requerimento com pedido de extinção imediata da cobrança da tarifa mínima de água e esgoto da Sanepar, a Agência Reguladora do Paraná (Agepar) abriu um processo de consulta à população sobre alteração e modernização na estrutura tarifária dos serviços públicos da empresa. A possibilidade do fim da tarifa mínima da Companhia de saneamento está entre as alternativas debatidas no primeiro tema da Tomada de Subsídios nº 001/2022, iniciada no último dia 15 de março e que se encerra no dia 14 de abril.
“Não é justo pagar por algo que você não consome”, destacou o deputado, lembrando que a Sanepar cobra dos paranaenses o equivalente a cinco metros cúbicos, mesmo que o consumo seja menor. “Nesse período de crise hídrica e racionamento severo, a empresa fez campanha pedindo que os paranaenses economizassem. E o povo correspondeu. Mas mesmo quem usou menos de cinco metros cúbicos continuou pagando a mesma tarifa”, apontou.
Para reverter essa situação abusiva para o bolso das famílias, em outubro do ano passado, o deputado protocolou um requerimento pedindo o fim da cobrança da tarifa mínima de água e esgoto da Sanepar. O documento foi encaminhado à Sanepar e à Agepar. “Meu pedido repercutiu bastante na imprensa e na sociedade. Recebi muitas mensagens de paranaenses indignados com a cobrança e esperançosos de uma mudança”, comentou. Em resposta ao requerimento, a Sanepar, que anteriormente já havia pedido a extinção da tarifa mínima à Agepar, reiterou que a decisão cabia à Agência.
Qualquer pessoa interessada em enviar críticas e sugestões relativas a alterações na estrutura tarifária da Sanepar poderá colaborar pelo site da Agepar, através do link: https://www.agepar.pr.gov.br/Formulario/Tomada-de-Subsidios-no-0012022-Sobre-alteracao-e-modernizacao-da-estrutura-tarifaria-dos
Segundo Soldado Fruet, essa é a oportunidade para os cidadãos também se manifestarem contra a tarifa mínima e reivindicarem que a cobrança seja proporcional ao consumo de água. “Sigo trabalhando para que essa empresa controlada pelo Estado, que garante lucros bilionários aos acionistas às custas das altas tarifas pagas pelos paranaenses, seja autorizada pela Agepar a modificar sua forma de cobrança”, disse.
(Matéria: AENPr/com revisão).