O Athletico saiu na frente nos primeiros 90 minutos das semifinais da Copa Libertadores da América. Jogando em casa, na Arena da Baixada, o Furacão venceu o Palmeiras por 1 a 0, na noite desta terça-feira (30), pelo jogo de ida. Em uma semana, no dia 6 de setembro, o Rubro-Negro joga por um empate no Allianz Parque para ir à final após 17 anos.
Para os quase 40 mil torcedores athleticanos que foram ao Joaquim Américo, enquanto o primeiro tempo valeu pela belo futebol, aplicado, que buscou o ataque sempre que teve a bola, a etapa complementar apresentou grande aplicação tática para se defender e anular as principais armas do atual bicampeão sul-americano consecutivo.
Foi a primeira derrota palmeirense na Libertadores deste ano, quebrando uma série invicta de 13 partidas (incluindo o Brasileirão). A última derrota alviverde? Justamente para o Athletico, em São Paulo, pela Série A. O prognóstico é favorável, e sobrou ainda espaço para reclamações por parte dos donos da casa, sobretudo contra a arbitragem chilena.
Antes do confronto de volta, o Furacão recebe o Fluminense neste sábado (3), às 19h, pelo Brasileirão. No mesmo dia e horário, o Palmeiras vai até Bragança Paulista encarar o Red Bull Bragantino.
Duelar contra uma equipe invicta na Libertadores e que lidera com folga o Brasileirão não amedrontou o Athletico. Como é característica das equipes de Felipão, a aplicação na marcação foi vista desde os primeiros toques na bola no Joaquim Américo. Disputado, o jogo não teve grandes espaços, porém os lances de perigo apareceram.
Aos cinco minutos, o Palmeiras teve a chance de abrir o placar com López, que recebeu ótimo passe em tabela com Dudu, mas o atacante bateu de primeira e mandou pela linha de fundo.
No lance seguinte, Alex Santana tentou uma meia bicicleta, em jogada iniciada por Vitor Roque. A jogada não terminou em gol, ainda que a dupla se mostrasse motivada.
O Athletico foi aos poucos não permitindo que Raphael Veiga, principal nome do Alviverde paulista, pudesse pensar e criar lances ofensivos. Depois da correria inicial, Dudu e Rony praticamente não encontravam espaços para infiltrar, deixando López isolado. Uma vez sólido atrás, o Furacão se soltou no campo de ataque.
Vitor Roque ganhou da defesa dentro da área e girou, fazendo passe para Alex Santana. Com um domínio e chute rápido, o camisa 38 surpreender Wéverton e colocou os athleticanos na frente, para delírio da torcida. Tendo menos posse de bola, como gosta Felipão, o Furacão seguiu mais ofensivo e teve pelo menos mais duas oportunidades de marcar mais um.
A única tentativa com êxito do Palmeiras surgiu aos 42 minutos, quando Rony levantou bola na cabeça de López, que errou o alvo e cabeceou para fora. Pelos 45 minutos iniciais, os ventos estavam favoráveis ao Rubro-Negro.
Como era de se esperar, o Palmeiras voltou determinado a mudar a sua sorte no jogo. Sem alterações, a equipe de Abel Ferreira procurou seguir mais com a bola, mas desta vez procurando jogar mais no ataque. Com dois minutos, Gabriel Menino arriscou um chute perigoso. Entretanto, a equipe perdeu Raphael Veiga aos seis, após falta de Hugo Moura.
Já o Furacão claramente passou a jogar pelos contra-ataques, focando a sua estratégia em priorizar a marcação. A primeira prova disso veio aos 14 minutos, quando Alex Santana não conseguiu alcançar cruzamento na área palmeirense. Querendo mais força ofensiva, o comandante alviverde colocou Wesley na vaga de López, mudou Rony de posição.
Logo depois, aos 24, Hugo Moura recebeu o segundo cartão amarelo, em um lance polêmico, e acabou expulso. Ele colocou a mão na bola, mas os athleticanos tentaram convencer o árbitro de que ele tinha sofrido a falta antes. A situação ficou ainda mais dramática quando Felipão, aos 28, também foi expulso. Irado, ele teve de ser contido pelos atletas.
Com um a mais, a equipe paulista procurou aumentar a pressão e quase chegou ao empate, aos 33, com um toque de calcanhar de Rony, muito bem defendido por Bento. Como resposta, Vitinho tabelou com Vitor Roque e, de dentro da área, bateu torto, longe da meta de Wéverton.
Com o auxiliar Paulo Turra no comando à beira do gramado, os athleticanos ainda trocaram o trio de ataque e um dos cabeças de área (Alex Santana por Erick), tudo para oxigenar o setor ofensivo e dar mais fôlego para a marcação. O Palmeiras foi para um último abafa, na base dos cruzamentos na área e chutes de longe, porém sem sucesso.
FONTE BANDA B