O advogado e ex-policial civil Jaminus Quedaros de Aquino, de 59 anos, se apresentou na sede da Delegacia da Mulher em Curitiba, na manhã desta quinta-feira (3). Acompanhado de três advogados, o homem que era considerado foragido escondeu o rosto ao descer do carro, não quis falar com a imprensa e a expectativa é que fique em silêncio durante o interrogatório.
“Jamais teremos a Suellen de volta, mas pelo menos a tranquilidade de que o assassino de Suellem está atrás das grades. Jaminus agora sofrerá as consequências do seu ato. Ele tem o direito de permanecer em silêncio, tem uma defesa qualificada”, declarou o advogado da família de Suellen, Jackson William Bahls Rodrigues.
O advogado que faz a defesa de Jaminus, Tainan Felix Laskos, afirmou que o cliente ficou em silêncio no interrogatório, orientado por ele, e será encaminhado para o Complexo Médico Penal de Pinhais. “Ele está em um estado psicológico e psiquiátrico muito abalado, a apresentação dele na data de hoje se deu por essas diligências que foram feitas no sentido de que ele estivesse preparado para este momento”, disse o advogado.
Ainda, Laskos argumentou que o suspeito não esteve em Cascavel para deixar o neto, como foi divulgado anteriormente, e que Jaminus é policial civil aposentado e não foi afastado da corporação.
O caso está sendo investigado pela delegada Vanessa Alice, da Delegacia da Mulher, já que, a princípio, é tratado como feminicídio. Conforme a delegada, Jaminus estava tranquilo, não aparentava estar emocionado e nem arrependido. As investigações, segundo a polícia, indicam que o crime pode ter sido premeditado. A arma usada no homicídio foi apreendida pela polícia com uma terceira pessoa, que encontrou o objeto na rua e relatou que tinha intenção de vender a arma.
O ex-policial civil, suspeito de matar Suellen Helena Rodrigues em frente a uma escola no bairro Uberaba, em Curitiba, era considerado foragido. No dia do crime, na última segunda-feira (31), Jaminus contava com um mandado de prisão por descumprir medidas protetivas. Nesta terça-feira (1º), um novo mandado foi expedido contra o suspeito.
“É um crime premeditado, que já vinha se anunciando pela postura dele de reiteradamente descumprir as medidas protetivas. É um cidadão que não teme a justiça”, declarou o advogado Jackson Bahls, que aguarda que Jaminus fique preso.
Ainda nesta manhã, logo que Jaminus chegou à delegacia, a equipe de advogados avisou a família. “Um alívio para a família, um alívio esperado. Em algum momento ele teria que se apresentar ou nós, através das informações, iríamos encontrá-lo em algum lugar”.
FONTE Ric Mais