O caso de feminicídio de Suellen Rodrigues segue repercutindo nos sites de notícia. A prudentopolitana foi morta a tiros no dia 31 de outubro, enquanto deixava os filhos na escola, em Curitiba. O ex-marido e suspeito, Jaminus de Aquino, se entregou dias depois do crime na Delegacia da Mulher.
De acordo com o áudio divulgado no programa de TV Tribuna da Massa – TV Iguaçu nesta quinta-feira (10), Suellen teria ido até a Comarca do Ministério Público de Prudentópolis, mas teria sido mal atendida no local.
Segundo a matéria, uma funcionaria teria alegado que era necessário que uma advogada fosse até o local para tratar sobre as medidas protetivas, e não a vítima.
“(…) Ela poderia ter sido salva pelo MP (…) Ela pediu ajuda para todo mundo, e nós não ajudamos… É cobrança dura, mas tem que ser dita…”, disse o apresentador Lucas Rocha durante o programa, com relação ao Ministério Público no caso.
Em outros áudios divulgados na matéria, é possível constatar que Suellen pede, em outra ocasião, por favor, para que o sujeito a deixe em paz, “Meu Deus do céu. Pelo amor de Deus, me deixa em paz”, diz a jovem enquanto o suspeito responde que queria “outra oportunidade”.
Ainda na matéria, o apresentador afirmou que “Quando o advogado, o dr. Bahls esteve aqui ele falou que o Ministério Público foi relapso. Que teve descaso”, disse o jornalista.
Para o advogado de acusação, Jackson Bahls, “A Suellen buscou a delegacia de Prudentópolis, já havia outros boletins de ocorrência relatados contra o Jaminus por violência doméstica.
Em seguida, buscou o judiciário para as medidas protetivas, buscou mais uma vez pelo descumprimento da medida protetiva. E por fim, tivemos a decretação da prisão preventiva pelo descumprimento, mas infelizmente ela não chegou a tempo”, disse o advogado, em entrevista ao Tribuna da Massa.
Em nota, o Ministério Público afirmou que a ordem judicial de prisão não havia sido cumprida por causa do período eleitoral. E conforme o documento, o Ministério afirmou que, “diferente do quanto informado, os membros do Ministério Público do Paraná lotados na Comarca de Prudentópolis, no âmbito das suas atribuições, atuaram sempre de forma diligente e efetiva, buscando a tutela jurídica de todos os direitos assegurados à vítima”.
Confira a nota na íntegra:
“A respeito do caso de feminicídio ocorrido em Curitiba em 31 de outubro, que teve como vítima Suellen Helena Rodrigues, que residia em Prudentópolis, a Procuradoria-Geral de Justiça e a Associação Paranaense do Ministério Público informam que os agentes ministeriais com atribuição na Comarca de Prudentópolis prestaram, em todos os momentos, pronto atendimento à vítima, requerendo de forma célere a aplicação de medidas protetivas de urgência, incluindo a proibição de aproximação desta e a imposição de suspensão do porte de arma de fogo.
Ademais, foi requerida pelo Ministério Público de forma tempestiva a prisão preventiva do infrator, que foi devidamente decretada pelo Juízo da Vara Criminal. Registra-se que a ordem judicial não havia sido cumprida em virtude de impeditivo previsto na legislação eleitoral, que proíbe o cumprimento de mandados de prisão de eleitores nos cinco dias anteriores ao dia das eleições e até 48 horas depois (artigo 236 do Código Eleitoral).
Nesse sentido, esclarece-se que, diferente do quanto informado, os membros do Ministério Público do Paraná lotados na Comarca de Prudentópolis, no âmbito das suas atribuições, atuaram sempre de forma diligente e efetiva, buscando a tutela jurídica de todos os direitos assegurados à vítima.
Por fim, a instituição, ao tempo em que se solidariza com os familiares de Suellen, informa que atuará de forma intransigente para que o autor dos fatos seja criteriosamente responsabilizado pelos seus atos criminosos.”, finalizou o órgão.
O documento foi publicado nesta sexta-feira (11).
Confira a matéria publicada pela Tribuna da Massa: https://fb.watch/gKnVBJCTOX/