A baixa procura pela vacina bivalente contra a Covid-19 tem preocupado a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Após exatos 15 dias desde o início da vacinação, dentre mais de um milhão de doses enviadas aos municípios, apenas 92.669 foram aplicadas, nem 10%. Os dados foram extraídos do Vacinômetro Nacional nesta terça-feira (14) e podem ter um delay de informações por conta da integração de dados de algumas prefeituras com a plataforma nacional.
Em todo o País, 3.247.344 pessoas tomaram a dose. Em números absolutos, São Paulo lidera as aplicações, com 1.478.864, seguido por Rio de Janeiro (414.280), Rio Grande do Sul (215.805), Minas Gerais (183.253) e Bahia (147.481). Depois do Paraná, em sexto, aparecem Ceará (91.950), Goiás (85.379) e Santa Catarina (72.278).
A bivalente protege contra a cepa original do vírus Sars-CoV-2 e das variantes da Ômicron – predominante no mundo. Conforme a orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), essa vacina é indicada como dose de reforço, após a completude do esquema vacinal primário (primeira e segunda dose), inicialmente para grupos prioritários.
O público contemplado inclui idosos acima de 60 anos, e pessoas acima de 12 anos que vivam em instituições de longa permanência (ILP), trabalhem nestas instituições; imunocomprometidos; e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas. Ao todo, os grupos somam mais de 2,4 milhões de paranaenses.
“Só estamos virando a página da pandemia da Covid-19 graças às vacinas, por isso contamos com o apoio dos municípios na realização de busca ativa e ações estratégicas de vacinação, e também apelamos para que a população continue buscando essas doses, atualizando a carteirinha e garantindo a proteção contra o vírus”, disse o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
Segundo o Vacinômetro Nacional, mais de quase 509 milhões de vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas desde o início da campanha de vacinação no Brasil. Destas, 29 milhões foram no Paraná, colocando o Estado como o quinto que mais vacinou em números absolutos, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, com populações maiores, e à frente do Rio Grande do Sul, com população similar.
“O Paraná sempre foi referência em vacinação e com a Covid-19 não seria diferente. A grande adesão dos paranaenses na primeira etapa proporcionou uma queda significativa no número de internamentos e consequentemente mortes pela doença, e por isso, reforçamos mais uma vez a necessidade da continuidade neste processo de imunização”, complementou o secretário. “Agora precisamos de um novo pacto coletivo, com incentivo das prefeituras e da sociedade civil organizada, para que as pessoas voltem para as unidades de saúde em busca da bivalente”.
NO PARANÁ – As mulheres lideram os indicadores paranaenses da bivalente, com 49.073 doses, contra 43.595 dos homens. No recorte de faixa etária, os que mais tomaram têm entre 70 e 74 anos e 80 anos ou mais. Segundo o Vacinômetro, 2.376 doses foram aplicadas em trabalhadores da saúde e 1.710 em indígenas.
(Matéria: AENPr/Foto: Roberto Dziura Jr/AEN*).