A equipe se deslocou até a Linha Papuã Ponte Alta onde  recebeu denuncias anônimas, foi relatado que uma senhora de 73 anos vem sofrendo por um longo período de tempo agressões e maus tratos por parte de seu irmão de 69 anos e sua esposa, 54 anos.

No local a equipe fez o primeiro contato com o proprietário da residência, o qual recebeu a equipe, e quando perguntado se a Sra.  suposta vitima dos maus tratos estaria na residência, bem como, eram os cuidados da idosa, o homem passou a relatar que ela é muito resistente, que ele não consegue cuidar da mesma, tendo em vista que ela não colabora com os cuidados.

Solicitado para que a equipe tivesse a possibilidade de conversar com a Sra. o proprietário da residência franqueou a entrada da equipe no local, sendo então feito contato com a idosa, a qual relatou que sofre maus tratos e que foi agredida por sua cunhada.

Relatou sentir muita dor nas costas devido a queda sofreu durante uma agressão de sua cunhada, bem como, relatou que seu irmão e sua cunhada, saem e mantém ela para fora da residência, jogam água na mesma, agridem e a maltratam.

Perguntado onde seria o quarto onde a Senhora  dorme, para que a equipe pudesse conversar com a mesma, tendo em vista que o casal não deixavam a Senhora relatar para a equipe e alteravam-se a todo momento, sendo indicado um quarto próximo da cozinha na parte interna da residência, onde neste quarto a mesma relatou com detalhes todos os maus tratos sofridos por parte de seu irmão e sua cunhada, bem como onde sentia dores devido agressões sofridas.

Diante do relato da mesma, a equipe informou que teria que fazer o encaminhamento da idosa e dos mesmos até a delegacia de policia civil para apresenta-los para a autoridade competente, os quais no primeiro momento resistiram a acompanhar a equipe, sendo explicado quanto ao encaminhamento por resistência, bem como, foi solicitado que providenciasse uma roupa quente, devido ao frio do momento para vestir a idosa, sendo que a mesma apresentou nervosismo, tendo em vista que as roupas da senhora não estava no quarto indicado no primeiro momento, sendo então perguntado onde seria o quarto da idosa.

Foi então apresentado um paiol nos fundos da residência, sendo que a equipe adentrou o local, onde não possuia energia elétrica, haviam no local entulhos, ferramentas, diversos objetos e as roupas da idosa estavam no local.

Foi visualizado pela equipe um cantinho em meio aos objetos um pedaço de colchão e uma manta onde seria a cama da idosa.

Foi verificado que no paiol era grande o numero de aranhas e teias por todo o local, não existindo o básico de condições de uma pessoa residir ali.

Perguntado para a idosa o porque estava dormindo naquele local, a mesma disse: “ele me dá coice e me deixa aqui”.

A equipe registrou em vídeo toda a abordagem da residência, bem como os diálogo, o relato da Senhora e o quarto onde a mesma dorme.

Perguntado se a mesma recebe alimentação, a qual relatou que desde que foi agredida, sente dores fortes para se alimentar e disse ainda: “eles cainham pra mim a comida”.

Diante dos fatos a equipe fez o encaminhamento da idosa e do casal para a delegacia de policia civil, onde foi emitido laudo de lesões corporais para a Senhora, bem como para sua cunhada que relatou que foi agredida pela idosa, porém a mesma já não possui lesão aparente tendo em vista que a agressão ocorreu a alguns dias passados, porém os maus tratos são recorrentes, (laudos em anexo).

Cabe salientar que as denuncias recebidas são inúmeras, feitas por moradores da localidade que relatam já não suportar ver a situação.

Na delegacia a Senhora relatou estar com muita fome, não possui vestimenta adequada, acesso a banho e higiene pessoal.

A equipe apresentou todos para a autoridade competente para que se adotem as providencias da policia judiciária, bem como acionou o Creas para encaminhamento posterior por este órgão competente.