O Athletico vive um dos momentos mais empolgantes da sua história recente. Pela sétima vez nos últimos oito jogos, o time saiu atrás no placar. E desta vez com requintes de crueldade, pois dominava a partida mas sofreu dois gols do Botafogo. Só que sempre há o segundo tempo.
E o Furacão virou mais uma vez (a quinta na série recente, a oitava em 2023) e venceu por 3×2 na noite desta quarta-feira (17), na Arena da Baixada, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
O resultado dá a vantagem ao Athletico na série, podendo jogar pelo empate na partida da volta, dia 31, uma quarta-feira, às 21h30, no Engenhão.
O Furacão saiu atrás do Botafogo, que marcou com Tiquinho Soares e Luís Henrique, mas conseguiu a vitória com Vitor Roque, Vitor Bueno e Fernandinho, levando ao delírio os mais de 23 mil torcedores que foram à Baixada.
O Athletico segue sua maratona de partidas. O próximo jogo é sábado (20), às 18h30, contra o Bragantino, no Nabi Abi Chedid, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.
Depois, na terça (23), às 19h, no Mineirão, tem confronto com o Atlético-MG pela quarta rodada do grupo G da Copa Libertadores. O Botafogo volta a campo no Brasileirão no clássico diante do Fluminense, também no sábado às 18h30.
O Athletico iniciou sem Terans – o técnico Paulo Turra optou por Canobbio na vaga do camisa 10 – e sem Pedro Henrique, este lesionado. E a partida já começou com polêmica.
Com menos de um minuto, Christian caiu na área. Após longa espera e um aviso de problemas de comunicação, Leandro Vuaden foi ao monitor do VAR. E acabou decidindo que não foi pênalti.
De qualquer forma, o Furacão se postou dentro do campo de ataque, com muita movimentação ofensiva. Pablo, Christian e Vitor Roque tiveram boas chances.
E a pressão seguiu. Com a marcação alta, impedindo a saída de jogo do Botafogo, o Athletico seguiu controlando a partida, tanto que os visitantes não conseguiam jogar. Fernando e Khellven levavam vantagem diante da marcação, e apareciam toda hora na frente.
Era um domínio amplo, mas que ruiu no primeiro arremate carioca no gol. Após o escanteio, Tiquinho Soares apareceu livre na área para pegar o rebote e fazer 1×0. E logo depois veio o segundo no chute forte de Luís Henrique que desviou em Zé Ivaldo e impediu a defesa de Bento. O 2×0 botafoguense deixou a Arena atônita.
Paulo Turra decidiu tirar Khellven e Christian no intervalo, colocando Madson e Vitor Bueno. Mas o primeiro gol do Athletico veio de quem já estava em campo. No escanteio, Madson desviou e Vitor Roque ficou livre para marcar. Luís Castro resolveu mexer, inclusive colocando o volante Marlon Freitas.
Mas mal deu tempo para eles esquentarem. Vitor Bueno acertou um belo chute, no canto, indefensável para Lucas Perri. Aos 16 minutos da etapa fina, estava tudo empatado. E aí foi a vez da entrada de Willian Bigode no lugar de Pablo.
Novamente o Athletico dominava e jogava no campo do Botafogo. Vitor Roque começou a levar vantagem sobre Victor Cuesta. Alex Santana também entrou, no lugar de Erick. E o Furacão criava oportunidades, enquanto o adversário só tentava com Tiquinho Soares. Cuello foi o último a entrar, no lugar de Canobbio.
Mas a virada veio com o dono do time. Outra falta de Vitor Bueno, e Fernandinho desviou na primeira trave. Tinha que ser com ele mais uma virada rubro-negra, mais uma vez por 3×2.
COPA DO BRASIL
Oitavas de final – Jogo de ida
ATHLETICO 3×2 BOTAFOGO
Athletico
Bento; Khellven (Madson), Zé Ivaldo, Thiago Heleno e Fernando; Fernandinho, Erick (Alex Santana) e Christian (Vitor Bueno); Canobbio (Cuello), Pablo (Willian Bigode) e Vitor Roque.
Técnico: Paulo Turra
Botafogo
Lucas Perri, Di Plácido, Adryelson, Cuesta e Hugo; Tchê Tchê, Gabriel Pires (Marlon Freitas) e Lucas Fernandes (Eduardo); Júnior Santos, Luís Henrique (Victor Sá) e Tiquinho Soares.
Técnico: Luís Castro