O boletim epidemiológico da dengue, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta terça-feira (23), confirma mais seis casos da doença, em Irati, no mês de maio.
O informe revela que desde o início do ano o município registrou 23 confirmações, sendo 17 autóctones, quando a doença é contraída na cidade de residência, e os outros seis casos são considerados importados.
A Secretaria de Saúde, através do setor de endemias, tem realizado ações para o enfrentamento da dengue, como visitas em residências, comércios e também em ferros-velhos, cemitérios, floriculturas e demais locais onde possa ter criadouros do mosquito Aedes aegypti.
“Nossa rotina tem sido visitar possíveis criadouros, fazendo a eliminação de água parada e principalmente a orientação aos moradores. A maior aliada no combate à Dengue é a população”, conta Vilma Acácia Rebesco, coordenadora do Setor de Endemias.
A enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Denise Homiak, alerta a população para que em caso de sintomas como febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos, náusea e vômito, deve procurar os serviços de saúde e seguir as recomendações da equipe, evitando que se agrave o quadro clínico.
“Outro fato que vale lembrar é que diferente da Covid e das gripes em geral, paciente contaminado não tem sintomas respiratórios. É muito importante beber muito líquido e caso sentir os sintomas procurar uma unidade de saúde, pois na suspeita de dengue o paciente não pode usar anti-inflamatórios”, aponta.
Denise ainda reforça que é muito importante refazer o teste, por existirem casos de falso negativo, pois muitas vezes, principalmente quando paciente coleta exame antes do 5º dia do início dos sintomas, “a Vigilância Epidemiológica entra em contato e solicita nova amostra para pesquisar anticorpos.
Muitos pacientes por melhorarem se recusam a fazer essa nova coleta, porém é muito importante que seja feita e não tem custo nenhum”, frisa a enfermeira.
É fundamental o diagnóstico laboratorial de dengue. Atualmente existem 4 subtipos. Os pacientes são contaminados por cada subtipo apenas uma vez, se tornando mais grave a cada contaminação. Em Irati foi registrado até o momento apenas o subtipo 1, o mais leve do quadro.
ZIKA E CHIKUNGUNYA – O mosquito Aedes aegypti também é responsável, além da dengue, pela transmissão da zika e chikungunya.
Durante este período não houve registro de casos confirmados de zika. Já o panorama de chikungunya, o município registrou dois casos importados no mês de janeiro e nenhum por contágio em Irati.
CUIDADOS – Os criadouros mais comuns do mosquito da dengue são pneus, calhas, vasos, pratos de vasos, garrafas, caixas d’água sem tampa ou com a tampa quebrada, latas, lonas ou plásticos, ralos, bromélias, piscinas sem tratamento, banheiros em desuso, cisternas sem vedação adequada e recipientes que possam acumular água.
DADOS DO ESTADO — Em novo boletim divulgado nesta terça-feira (23), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou mais 12.206 casos de dengue e nove óbitos em decorrência da doença no Paraná. Agora, são 66.289 diagnósticos confirmados e 51 mortes desde o início do atual período epidemiológico, em julho de 2022.