Um balanço da Polícia Civil do Paraná (PCPR) aponta queda de 27% nos homicídios em Curitiba nos primeiros sete meses desse ano. Foram 170 de janeiro a julho de 2022 e 124 neste ano. Os números corroboram um ano com índices mais positivos na segurança pública. No primeiro semestre a Capital registrou o menor número de homicídios para o período nos últimos 12 anos. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, que teve 146 ocorrências do crime, a redução foi de 26%.
Um dos motivos é o início das chamadas operações de saturação, principalmente em bairros mais afetados pela violência, mapeados pela Polícia Civil. Somente neste ano, 161 pessoas foram presas em ações na Capital. As capturas aconteceram por cumprimento de mandados de prisão em aberto e em flagrantes por crimes como tráfico de drogas e posse de armas de fogo.
As operações de saturação são aquelas que mantêm uma certa presença constante dos policiais civis nos bairros mais afetados pela violência, com o objetivo de reduzir os homicídios. Também buscam mais proximidade da polícia com a população, ajudam a coletar informações e incentivar denúncias anônimas. Essas medidas auxiliam diretamente nas investigações e identificação de autores não apenas de homicídios, mas também de outros crimes.
Um dos exemplos do ano aconteceu em maio, quando cinco criminosos foram detidos nos bairros Caximba, Tatuquara e Sítio Cercado. Naquele mesmo mês, 34 pessoas foram presas na Capital por conexões com diferentes crimes.
A atuação também contribui para tirar de circulação pessoas que estejam com mandados de prisão em aberto. Durante as ações, a Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade da PCPR dá cumprimento a mandados relacionados a inquéritos em andamento, de envolvidos em homicídio e crimes relacionados. No último mês de junho, um homem de 52 anos foi preso durante as ações pelo homicídio que vitimou um lutador no bairro Bacacheri, em 2013.
Segundo a Polícia Civil, as operações de saturação nas áreas críticas vão ser replicadas também na Região Metropolitana da Capital e no Interior do Estado.