Em comemoração aos 115 anos do sistema prisional paranaense, a Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), da Polícia Penal do Paraná (PPPR), promoveu nesta segunda-feira (25) um evento voltado aos servidores da instituição, com o lançamento de um curso e uma visita guiada ao Museu Penitenciário.
O sistema prisional do Paraná celebra sua existência a partir da regulamentação da primeira penitenciária do Estado, em 23 setembro de 1908. Historicamente, o local foi conhecido como o Presídio do Ahú, estrutura da antiga Santa Casa de Misericórdia, em Curitiba. Essa primeira unidade, ainda em funcionamento, foi transferida anos mais tarde para o Complexo de Piraquara e denominada Penitenciária Central do Estado (PCE).
O diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, conta que já na primeira unidade prisional os detentos tinham atividades educacionais e laborais. “Eles estudavam e trabalhavam em canteiros de marcenaria, alfaiataria, sapataria e tipografia, por exemplo, sendo responsáveis até por confeccionar todas as impressões utilizadas pelas instituições públicas da cidade”, afirma.
Os reclusos que já tinham alguma profissão iam imediatamente para os canteiros que faziam parte de suas habilidades de trabalho. Os demais eram remanejados de acordo com o seu interesse.
Essa história está no Museu Penitenciário. Em 2004, o Estado começou a reunir em um único local o acervo histórico do sistema prisional, tanto fotográfico quanto documental, com o objetivo de preservar a memória e servir como base para futuros estudos. A Espen, nove anos depois, assumiu a gerência do acervo, sendo responsável pela manutenção e organização dos itens, além da recuperação de documentos com a criação de um canteiro de trabalho para mulheres em monitoração eletrônica, treinadas pelo Museu Paranaense.
O acervo histórico da Polícia Penal é composto por aproximadamente 20 mil prontuários, 83 livros de registro de pessoas privadas de liberdade, entre outros documentos, que somam mais de 500 mil declarações.