Deputada Cristina Silvestri promove debate sobre saúde renal

2 de maio de 2024 às 14:11

A deputada Cristina Silvestri promoveu, na última terça-feira (30), a audiência pública ‘A saúde dos rins – prevenção, diagnóstico e tratamento’. O evento foi realizado na Assembleia Legislativa do Paraná e reuniu os maiores nomes da nefrologia para debater a importância de diagnosticar cedo as doenças renais e as dificuldades pelas quais passam os pacientes, principalmente os crônicos.

De acordo com a deputada, esse debate é importante e exige soluções. “A demanda por diálise está crescendo e a rede de atendimento não acompanha esse aumento, principalmente em cidades que ficam longe dos grandes centros. Precisamos traçar estratégias para melhorar o bem-estar dos pacientes e desafogar o sistema de saúde”. O entendimento foi defendido pelos deputados Tercílio Turini, presidente da Comissão de Saúde, Márcia Huçulak, líder do Bloco da Saúde Pública, e Luiz Claudio Romanelli. Eles também participaram da audiência pública.

“No Paraná, temos 8.647 doentes renais crônicos fazendo tratamento. Cerca de 1,2 milhão de paranaenses devem ter alguma doença renal sem diagnóstico”, alertou o médico Ricardo Akel, vice-presidente da regional da Paraná da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT). “Essa não é uma doença rara. É a sétima causa de morte no país e no mundo”, acrescentou. Projeções indicam que até 2030 as doenças renais devem corresponder à quinta causa mundial de óbitos. Akel chamou a atenção também sobre a importância de melhorar a prevenção e ampliar a rede de serviços, bem como, a remuneração pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que custeia 76% dos tratamentos.

Crise humanitária

A audiência pública teve a presença de representantes de clínicas e institutos de várias regiões do estado. Estiveram representadas cidades como Guarapuava, Maringá, Umuarama, Paranaguá, Paranavaí, Londrina, Ivaiporã, Pato Branco, entre outras. Para os nefrologistas e demais participantes do evento, que lotaram o auditório legislativo, vivemos uma crise humanitária da diálise no Brasil. Em muitas regiões não há atendimento especializado, realidade que já começa a preocupar o Paraná. Por isso, consideram fundamental a discussão sobre o cofinanciamento da terapia renal. Os especialistas deixaram claro, em suas participações no debate, que quando a função renal está bastante comprometida, é necessário o uso de um método que substitui o trabalho dos rins. A diálise, processo que remove as substâncias nocivas do sangue, é uma das formas de tratamento. E, a falta de equipamento e insumos põe em xeque a vida de pacientes com doença renal crônica. Na sequência, a solução é o transplante.

“Muitos pacientes morrem antes de chegar à diálise ou passar por um transplante”, garantiu o médico José Moura Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), que participou de forma remota da reunião. Na opinião dele, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais. Moura Neto observou que exames simples e baratos, como o de urina (identificando a presença de proteína) e o de creatinina, são essenciais para o tratamento num estágio inicial da doença. Conforme o especialista, a crise humanitária que atinge os pacientes em diálise é injusta e cruel. “Afeta pacientes vulneráveis que dependem do SUS e de tratamento para sobreviver”, assinalou.

“É uma doença silenciosa que precisa ser investigada”, disse o médico Paulo Henrique Fraxino, presidente da Sociedade Paranaense de Nefrologia (SPN), que, igualmente, fez um relato sobre o panorama do setor. Ele reiterou que por ser uma doença que não apresenta sintomas, temos registros de crescente prevalência, alta mortalidade e elevados custos para os sistemas de saúde no mundo.

“O número de clínicas não está aumentando no país”, afirmou a diretora médica da diálise peritoneal do Grupo do Instituto do Rim do Paraná (GIRPR), Laura Neme, que falou sobre os desafios dos tratamentos. Ela explicou as diferenças entre os tratamentos: a hemodiálise consiste em manter o paciente sentado por horas ligado à máquina para purificar o sangue (muitas vezes por 4 horas). Na diálise peritoneal há uma conexão por um cateter implantado no abdômen – diferença considerada relevante pela especialista. Isto porque o procedimento pode ser feito em casa, à noite, enquanto o paciente dorme, sendo necessário manter o equipamento ligado na tomada e a uma pia, por exemplo.

Já os benefícios da telemedicina e da telerregulação foram aspectos abordados pelo vice-presidente da SPN, o médico René Santos Neto. “Durante a pandemia da Covid vimos que esse procedimento (da telemedicina) foi fundamental para mitigar os efeitos e orientar sobre os cuidados médicos. Ela democratiza o atendimento, especialmente, aos pacientes que estejam em áreas remotas”, sublinhou.

Prevenção

Medidas simples, como, prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial e controlar a diabetes, doenças que mais levam à insuficiência renal, podem evitar essa doença, informaram os especialistas. Dessa forma, é importante conhecer o histórico de doenças da sua família, controlar os níveis de pressão, realizar avaliação médica anual, principalmente após os quarenta anos, além de seguir uma dieta equilibrada, com baixa ingestão de sal e de açúcar, controlar o peso, exercitar-se regularmente, não fumar, monitorar seus níveis de colesterol e evitar o uso de medicamentos sem orientação médica.

O conteúdo da audiência pública, transmitida ao vivo pela TV Assembleia e redes sociais oficiais, está disponível no canal oficial do YouTube da Assembleia.

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