Com o rebaixamento do Athletico, o futebol paranaense ficará sem um representante na Série A após mais de 30 anos. A última vez em que nenhum clube do estado esteve na elite foi em 1990.
Em 1989, Furacão e Coxa acabaram caindo juntos à Segunda Divisão. Ambos tiveram maus desempenhos na primeira fase e precisariam disputar um torneio da morte. O Athletico fez oito jogos, mas não conseguiu atingir a pontuação para se livrar.
O Coritiba, no entanto, acabou rebaixado na “canetada” após perder por W.O. para o Santos, na última rodada da primeira fase, e sofrer uma punição severa da CBF. Relembre a história completa aqui.
O Rubro-Negro conseguiu voltar à Primeira Divisão na temporada seguinte, enquanto o Operário ficou bem próximo. Já o Alviverde subiu de volta apenas em 1993.
A dupla Atletiba caiu junta novamente em 1993 e voltou abraçada em 1995. Enquanto isso, o Paraná Clube seguiu dois anos como único representante paranaense na Série A nacional.
O Tricolor, no entanto, acabou caindo em 1999, mesmo atingindo pontuação suficiente, mas depois de uma norma que fez os clubes caírem por média de campeonatos anteriores.
Desde 2000, o Athletico só caiu mais uma vez, em 2011. O Coritiba sofreu novos rebaixamentos em 2005, 2009, 2017, 2020, 2023 e se tornou, junto de América-MG e Goiás, o time com mais quedas do Brasileirão.
Já o Paraná caiu em 2007, voltou em 2018, mas foi rebaixado na mesma temporada. Desde então, caiu para as Série C e D e está sem divisão nacional há dois anos.
Athletico e Coritiba viveram uma temporada desastrosa. O Coxa não brigou em nenhum momento pelo acesso à Série A em 2024, não tendo estado em nenhuma rodada no G4. A equipe, inclusive, fez sua pior campanha na Segundona da história.
Na Série B 2024, foi o Operário quem esteve mais próximo de subir, tendo chances matemáticas até a penúltima rodada.
Já o Furacão, em pleno ano do centenário, viveu altos e baixos dentro do Brasileirão. A equipe chegou a liderar o campeonato, mas uma sequência de três empates nos acréscimos culminou em uma crise com a saída do técnico Cuca. Chegou Varini que só teve uma vitória em nove jogos na Série A e que derrubou o time na classificação.
Por fim, Lucho González assumiu, teve tropeços no início, mas com o apoio do “pacto” da torcida, o Athletico voltou a vencer no Brasileirão e ganhou uma sobrevida. No entanto, não ter conquistado nenhuma vitória em confrontos decisivos na reta final, como contra Fluminense e Bragantino, culminou na segunda queda na era dos pontos corridos (a primeira foi em 2011).