Com 500 quilômetros, Paraná tem maior programa de rodovias de concreto do Brasil

30 de junho de 2025 às 20:02

O investimento do Governo do Paraná em rodovias de concreto chegou nesta metade de 2025 a 500 km. Ao todo, são 18 trechos de rodovias em diversas fases de execução – planejamento, licitação, andamento ou concluídos –, representando, até o momento, cerca de R$ 3,1 bilhões em aportes financeiros.

Quatro obras ainda não entram nessa conta porque estão em processo de planejamento ou licitação, com o orçamento sigiloso.

E as obras estão espalhadas em todo o Paraná: no Sudoeste são 140 quilômetros de concreto na PRC-280; na região central, a PRC-466 está sendo duplicada de Guarapuava a Pitanga; no Litoral, a novidade é a duplicação em concreto da ligação entre Matinhos e Praia de Leste; e na Grande Curitiba, a duplicação da Rodovia dos Minérios e a pavimentação da ligação entre Mandirituba e São José dos Pinhais.

A adoção desse material inovador, que vem sendo utilizado para renovar a logística rodoviária paranaense, traz uma série de benefícios, a começar pela alta durabilidade. Esse novo pavimento rígido tem vida útil de pelo menos o dobro do flexível, de asfalto: 20 anos contra 10 anos.

“Implementamos esse programa de maneira inédita no Paraná. Rodovias em concreto eram um sonho distante e agora estão presentes no dia a dia de algumas regiões fundamentais para a nossa economia. É um investimento mais seguro, mais rápido e que faz do Estado exemplo nacional”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Os projetos adotado no Paraná se inspiram nas estradas mais eficientes do mundo: as americanas e as alemãs. “Como um Estado forte na produção agrícola e industrial, fomos buscar as melhores soluções de infraestrutura adotadas pelo mundo. As estradas de concreto são opções mais duradouras e que aguentam melhor o tráfego pesado”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

Os custos de manutenção também são mais favoráveis em rodovias de concreto, pois estas não apresentam deformações ou buracos com o decorrer do tempo, algo que é bastante comum em vias asfaltadas. Normalmente, as intervenções necessárias no piso rígido ocorrem com mais tempo de uso, sendo via de regra simples e pontuais. Isso permite, por exemplo, que o Estado não tenha que investir em um contrato de manutenção constante, como se faz obrigatório para o pavimento flexível. Assim, a longo prazo, a alternativa se mostra mais econômica.

Com obras ocorrendo de forma bem mais espaçadas, o condutor também sai em vantagem, pois não tem que enfrentar vias bloqueadas ou com trechos de lentidão por conta de reparos ou melhorias com tanta frequência. O concreto proporciona ainda melhor aderência aos pneus, diminuindo o risco de aquaplanagem em dias de chuva. Sendo um material mais claro, ele absorve menos calor, reduzindo a temperatura nas pistas, e é muito mais visível à noite, aumentando a segurança de quem trafega.

WHITETOPPING – Uma das técnicas de utilização do pavimento de concreto é por uma batizada de whitetopping. Nele, uma camada de concreto é colocada em cima de uma base pré-existente de asfalto. Desta forma, a obra fica mais barata e tem execução mais célere.

O trecho entre General Carneiro e Palmas, na PRC-280, foi o primeiro do Estado a ser concluído desse modo, em março de 2023. O asfalto antigo passou por intervenções preparatórias para receber o concreto, que variou entre 22 e 28 centímetros ao longo do trecho.

“O DER do Paraná se tornou uma referência nacional quanto a obras de restauração em concreto pela técnica whitetopping.

A excelente qualidade do pavimento, o melhor custo-benefício, as vantagens ambientais, todos esses fatores trazem delegações de outros estados ao Paraná, para conhecerem nosso trabalho e verem de perto os resultados”, afirma o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.

OBRAS – Pelo DER/PR, estão na lista três trechos da PRC-280, todos em whitetopping. Já foram concluídas as etapas de Palmas, que envolveu 59,55 km e custou cerca de R$ 155 milhões, e da ligação entre Palmas e Clevelândia (45 km; R$ 188 milhões). Os 37,49 km do caminho entre Palmas e Clevelândia estão em andamento, devendo ficar prontos até novembro, dando mais segurança e conforto aos usuários do principal corredor logístico do Sudoeste. A concretagem já foi concluída.

O trajeto entre Guarapuava e Lidianópolis, pela PRC-466, é o que tem mais etapas programadas. A fase atual consiste em três trechos em andamento, ligando Guarapuava, Palmeirinha, Turvo e Pitanga. A PRC-466 faz ligação de municípios da região com a BR-277, que segue até o Porto de Paranaguá e, a Oeste, até a fronteira com Paraguai e Argentina. A melhoria da via vai impactar no desenvolvimento do Estado, principalmente no agronegócio, que é muito forte na região e poderá escoar seus produtos de modo mais eficiente. Esses trechos contemplam 84 km de duplicação com piso de concreto, a um investimento de quase R$ 948 milhões.

Outros dois trechos devem dar continuidade a esse roteiro. O percurso entre Pitanga e Manoel Ribas já está em fase de licitação, ainda sem valor definido. O projeto inclui restauração com whitetopping em 43 km de pista, implantação de novas faixas em ambos os sentidos e terceiras faixas em pontos estratégicos, além de obras de drenagem e áreas para paradas de ônibus rodoviários. Há ainda a previsão de outros 51,86 km para conectar com concreto Manoel Ribas a Lidianópolis.

Outra empreitada dividida em três trechos menores é a da duplicação em concreto da Rodovia dos Minérios (PR-092), em Almirante Tamandaré e Curitiba, que era esperada há 30 anos. A primeira parte está concluída e foi entregue em outubro de 2024, comportando 4,74 km entre os dois municípios. Foram desembolsados R$ 152 milhões nesse percurso. Complexa, a obra contou com 14 obras de arte especiais (OAE), sendo 10 pontes e quatro viadutos, além de ciclovias, passeio para pedestres, passarela e iluminação pública.

A fase 2, na cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), já está em execução. Tem 1,28 km, com quatro faixas de tráfego, sendo duas para cada sentido, e investimento de R$ 50,7 milhões – que incluem ainda mudança na iluminação, sinalização e inclusão de ciclovia, entre outras melhorias. A terceira etapa, de 8,3 km de pavimentação, aguarda a finalização da licitação.

O trecho da PR-180, entre Goioerê e Quarto Centenário, é outro em andamento, com previsão de entrega em julho. São 11,13 km de whitetopping, com um investimento de R$ 65,8 milhões. Entre outras melhorias, o trecho também recebeu serviços de ampliação de capacidade, mediante alargamento das faixas de tráfego para 3,6 metros e implantação de terceiras faixas e acostamentos, além de correção da geometria de curvas acentuadas e três novas interseções em nível.

CASCAVEL E PONTA GROSSA – Uma das obras já finalizadas é a duplicação do Contorno Oeste de Cascavel. O contorno dá mais agilidade na conexão entre a BR-277 e a BR-163, além de criar uma ligação mais segura e ágil aos motoristas que acessam a Avenida Brasil pelas rodovias da região. A obra contemplou a construção de pistas paralelas ao antigo contorno e uma nova via de acesso entre o contorno e o centro da cidade, totalizando mais de 19 quilômetros de extensão. A execução do projeto custou cerca de R$ 124 milhões.

Também sendo executada está a restauração da PR-151 entre Ponta Grossa e Palmeira. A obra, de R$ 257 milhões, vai do entroncamento com a PR-438, em Ponta Grossa, até o entroncamento com a BR-277, no perímetro urbano de Palmeira – em uma extensão de 32,71 km. Serão realizados o alargamento das faixas de tráfego para 3,6 metros, a implantação de acostamentos com 3 metros de largura em ambos sentidos da via, e a pavimentação de 15,2 km de terceiras faixas.

Já o caso da ampliação e restauração das PRC-487 e PR-460 entre Nova Tebas e Pitanga teve licitação concluída em maio. O trecho atendido tem 51,52 km de extensão, começando na PRC-487, na ponte sobre o Rio Muquilão, limite entre os municípios de Nova Tebas e Iretama, e seguindo até o entroncamento com a PR-460 no acesso para Manoel Ribas. A partir deste ponto, a obra contempla o trecho da PR-460 deste entroncamento até chegar em Pitanga. O custo total é de R$ 267 milhões.

A PR-412, entre Matinhos e Pontal do Paraná, é outra rodovia que passará por duplicação. O trecho envolvido tem 14,28 km de extensão, iniciando na ponte sobre o Canal de Matinhos e seguindo até o entroncamento com a PR-407, na localidade de Praia de Leste, em Pontal do Paraná. O Estado vai desembolsar R$ 274,5 milhões nesta estrutura.

Está prevista uma pista central em pavimento rígido de concreto, vias marginais em pavimento asfáltico, novas pontes sobre o Canal de Matinhos e sobre o Rio Balneário, e um viaduto no entroncamento da rodovia com a Avenida Curitiba. A pista atual terá sua plataforma alargada para ambos os lados e o pavimento existente demolido. Uma barreira de concreto vai separar as pistas duplicadas e canteiros com grama separarão o eixo central das marginais, exceto por agulhas de entrada e saída. As vias marginais terão sentido único, com estacionamentos, calçada para pedestres e ciclovia bidirecional. Sob estas, será colocada a rede de drenagem de águas da rodovia.

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