Copel vai investir R$ 6,8 milhões em Rio Azul e convida fumicultores à atualização cadastral

Município tem investimentos de R$ 6,8 milhões em melhorias na rede elétrica programados para este ano

O município de Rio Azul, segundo maior produtor paranaense de tabaco do Paraná, conta com investimentos de R$ 6,8 milhões da Copel, neste ano, em melhorias na rede elétrica.

São recursos que integram obras importantes da companhia para a maior robustez do sistema de energia, como a interligação da subestação do município com a subestação de Rebouças, além de manutenção preventiva e o avanço da automatização e da rede trifásica na região.

Os investimentos da Copel no suporte ao setor produtivo do município foram detalhados pelo gerente da Divisão de Relacionamento com Poder Público da Copel, Diogo Mantovani, em evento que fez parte da celebração dos 107 anos de Rio Azul, realizado na sexta-feira (11/7).

A apresentação reuniu o prefeito da cidade, Leandro Jasinski; secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Airton Moretto e representantes de empresas fumageiras e dos fumicultores que atuam na localidade.

“Neste ano, a Copel conta com investimentos estruturantes em todo o Estado que somam 19 novas subestações de energia; 95 ampliações de subestações e a implantação de 503 quilômetros de novas linhas de alta tensão. São obras integradas para a garantir a qualidade e a estabilidade da energia a todos os clientes”, pontuou Mantovani.

Ao falar às autoridades e a representantes da comunidade e do setor produtivo de Rio Azul, o gerente da Divisão de Relacionamento com Poder Público da Copel destacou também o cumprimento, pela empresa de energia, das metas regulatórias da Aneel relacionadas ao tempo e a frequência de desligamentos, uma questão de grande relevância para os fumicultores, principalmente na época da secagem do fumo que define a qualidade do produto.

“Temos ampliado ano a ano os investimentos na região. Nos últimos cinco anos, são R$ 14,1 milhões para a melhoria da rede elétrica em Rio Azul e entorno”, completou o gerente da Copel.

Entre os destaques recentes de infraestrutura está a ampliação da rede trifásica, com previsão de R$ 2,2 milhões em investimentos na região.

A rede trifásica se reveste de importância ao setor produtivo num momento em que tecnologias de ponta têm sido ferramentas não apenas para a melhoria da rede elétrica para a oferta de energia de qualidade, mas cada vez mais presentes e importantes para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do agronegócio.

O sistema trifásico tem inúmeras vantagens se comparado à rede monofásica. Por ser mais robusto, previne quedas de energia temporárias, o que evita prejuízos à produção; possibilita a distribuição de energia elétrica eficiente para longas distâncias; a potência total nas três fases nunca é nula e permite a utilização de geradores e motores menores e mais leves e dispensa a utilização de dispositivos especiais.

Uma vez instalada a rede trifásica na região, o cliente que deseja se conectar à nova rede deve padronizar a entrada de serviço de energia da sua propriedade à nova carga e ajustar as instalações. São serviços que devem ser feitos por um técnico habilitado, conforme as normas técnicas e o projeto elétrico.

Com o padrão pronto, basta solicitar a alteração de carga pelos canais de atendimento da Copel no site www.copel.com, via 0800 51 00116 ou presencialmente em um dos postos de atendimento da companhia. Caso o padrão instalado na propriedade já esteja adequado à rede trifásica o cliente pode agendar o desligamento da rede monofásica e a reativação da ligação também pelos canais de atendimento da Copel.

Faixa limpa

Na palestra, Mantovani destacou ainda que o contato da vegetação com a rede elétrica é um dos principais motivos de interrupções no fornecimento de energia na região. “40% dos desligamentos na área rural são causados pela vegetação e 15% por descargas atmosféricas.

Por isso, é de grande relevância o cumprimento da Lei da Faixa Limpa, de parte dos produtores, e parcerias com o poder público para a realização de podas”, alertou o gerente da Divisão de Relacionamento com Poder Público da Copel.

Pela Lei 20.081/2019, conhecida como Lei Estadual da Faixa Limpa, deve ser mantida uma faixa de segurança mínima de 30 metros de largura ao longo das linhas de energia elétrica, sendo 15 metros de cada lado a partir do eixo central. Nessa área delimitada, é proibido o plantio de árvores de grande porte, sejam elas nativas ou exóticas.

A legislação permite manter vegetação rasteira; plantar culturas com altura de até 3 metros e utilizar a área com pastagem. Determina que a responsabilidade da manutenção dessa faixa livre de vegetação de grande porte é do proprietário do terreno.

Caso haja risco devido à proximidade da vegetação com a rede elétrica, a Copel deve ser acionada para realizar a poda ou remoção necessária. Se o proprietário não fizer a manutenção adequada, a concessionária está autorizada a intervir.

Atendimento exclusivo

“Dos cerca de seis mil clientes da Copel em Rio Azul, metade está na área rural. E desta parcela de produtores rurais, 47% são fumicultores, uma cultura que tem grande peso na economia do município.

Por isso é importante que seja mantido o cadastro atualizado junto à Copel para que as questões relacionadas à energia sejam atendidas sem prejuízo à produção”, disse Mantovani.

A necessidade da atualização cadastral pelos produtores rurais foi reforçada pelo secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente, Airton Moretto.

“Há muito mais produtores na região. A questão da atualização cadastral é um fator importante que os produtores não podem menosprezar”, ressaltou Moretto.

A Copel conta com um número telefônico de atendimento exclusivo a produtores rurais: 0800 643 4222 para suporte ao homem do campo. Outros canais de atendimento são o 0800 51 00 116; o aplicativo Copel, disponível para celulares andoid e IOS; a agência virtual pelo site da companhia www.copel.com e o contato de whatsapp via 41 3013-8973.

Também compuseram a equipe da Copel na apresentação realizada em Rio Azul, os agentes de negócios da companhia, Rosane Trevisan e Thiago Mierzva e o gerente da Base de Serviços de Campo de Irati, Giovani de Souza.

Dados sobre a produção de tabaco no Estado do Paraná, divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), apontam que o município de Rio Azul é o segundo maior produtor paranaense.

São 1.956 famílias e uma produção de 12.823,8 toneladas, atrás de São João do Triunfo, que lidera a produção no Paraná com 17 toneladas na safra de 2023/2024 e 2.222 famílias envolvidas na atividade.

De acordo com a Afubra, a produtividade do fumo paranaense na última safra foi a maior entre os principais produtores nacionais com 2.397 kg/ha (14% acima da média nacional), enquanto o rendimento financeiro foi 5% acima da média.