Essa mobilização reafirma a importância das Escolas Especializadas na garantia de direitos e na defesa de uma educação de qualidade, que respeita as necessidades de cada pessoa.
As APAEs do Paraná têm sido, por décadas, pilares essenciais na promoção da inclusão e no desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Essas instituições não apenas oferecem ensino adaptado e especializado, mas também acolhimento, dignidade e oportunidades reais para milhares de alunos e suas famílias.
O possível fechamento das escolas das APAEs representa muito mais do que o fim de uma estrutura física — é a interrupção de sonhos, o corte de vínculos afetivos e educacionais, e o retrocesso em políticas públicas que devem garantir o direito de todos à educação de qualidade.
As APAEs vão além do conteúdo pedagógico: elas oferecem terapias, apoio psicológico, desenvolvimento motor, socialização e principalmente, respeito à individualidade de cada aluno.
A inclusão não é um conceito abstrato. Ela acontece no dia a dia, na escuta ativa, no acolhimento das diferenças e na adaptação real do ensino às necessidades de cada um. E ninguém faz isso com mais dedicação, preparo e amor do que as APAEs.
Nós, alunos, familiares, professores e toda a sociedade, temos um papel fundamental na defesa dessas instituições. A inclusão depende de nós. Depende do nosso compromisso com uma educação que abrace a diversidade e garanta que ninguém seja deixado para trás.
Fechar as escolas das APAEs é fechar portas. É negar oportunidades. É agir contra os princípios da justiça social e dos direitos humanos. Por isso, pedimos às autoridades que escutem quem está diretamente envolvido e preserve o trabalho que vem sendo feito com tanto esforço e resultados concretos.
A inclusão começa no respeito. E o respeito começa com a decisão de manter abertas as escolas que verdadeiramente fazem a diferença.
Defender as APAEs é defender o direito à educação, à dignidade e à inclusão.