A alimentação saudável vem ganhando cada vez mais atenção nos últimos anos. Segundo a pesquisa Panorama do consumo de orgânicos no Brasil 2021, da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis), em 2019, o Sul era a região que mais consumia orgânicos, com um percentual de 23% de consumo em quase mil entrevistados. Em 2021 esse número chegou a 39%.
De acordo com o Ministério da Saúde, uma refeição balanceada e saudável deve ser variada, colorida, harmoniosa e segura, ponto abordado nesta semana pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea) de Prudentópolis. O grupo vem reforçando, desde segunda-feira (17), sobre os benefícios de uma boa alimentação em comemoração a Semana da Alimentação Consciente (17 a 21 de outubro).
Para a presidente do Comsea, Vânia Mara Moreira dos Santos, é necessário ficar atento a todo alimento consumido. “Nas três refeições a gente está introduzindo no nosso corpo alimentos que podem nos levar a saúde e, [dependendo da composição podem nos levar a doenças”, comentou a presidente em entrevista.
Desse modo, ao verificar os componente dos alimentos comprados e a origem dessas comidas, o cidadão fica mais ciente da comida que ele adquire.
Em casos de dietas, seja para ganho de massa muscular, ou emagrecimento, a alimentação saudável também é um ponto chave, já que os alimentos orgânicos não são ultraprocessados e podem ser melhores na escolha. “Você tem que se preocupar em procurar alimentos que são o mais próximo da natureza. (…) A gente pode eventualmente usar ultraprocessados, mas não é recomendado que seja uma ingestão contínua”, explica.
Em matéria publicada pela CNN, estudos apontaram que a ingestão dos ultraprocessados podem aumentar os riscos de câncer colorretal em homens, e aumento de doenças cardíacas.
Em entrevista, Vânia, que também é presidente do Instituto Os Guardiões da Natureza (ING), reforçou que a escolha por produtos orgânicos não auxilia apenas na própria qualidade de vida, mas também na vida em comunidade. “Ela não só apenas interfere na vida das pessoas, como interfere na vida da nossa sociedade. Quer dizer, quando você opta por escolher um alimento orgânico, você está optando por fortalecer esse agricultor”, finalizou.
Para Israel Ortiz (26 anos), que começou a produzir há poucos meses alimentos orgânicos, essa atitude traz benefícios não só para quem planta, mas também para quem compra. “Além de ser uma terapia trabalhar com esses alimentos, plantar, cuidar e acompanhar esse processo, é muito bom poder vender uma coisa saudável aos compradores”, relatou o jovem.
(Matéria: Redação Nossa Gente/Samilli Penteado).