Através de um convênio realizado entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP), Departamento de Polícia Penitenciária (DEPPEN) e Prefeitura, nesta semana iniciou o trabalho de limpeza de espaços públicos do município, utilizando a mão-de-obra de presos da cadeia pública de Irati. O trabalho, além de promover a reinserção social, através de atividades laborais, também ajuda a manter a cidade limpa.
O primeiro espaço contemplado com o trabalho é a Praça Etelvina Andrade Gomes, localizada em frente à Paróquia Nossa Senhora da Luz. Inicialmente, em fase experimental, as atividades são desempenhadas por cinco presos, mas será possível integrar à iniciativa até 40.
A jornada de trabalho pode variar entre seis e oito horas por dia. “A limpeza dos espaços públicos e varrição eram uma necessidade. O convênio também prevê pequenos reparos, construções, sendo possível aplicar em outros setores, como Habitação e Obras, que têm grande demanda”, explica a procuradora do Município, Carla Queiroz.
Os presos participantes são do regime fechado e apresentam bom comportamento, sendo avaliados com frequência durante as atividades desenvolvidas. Eles também são acompanhados durante toda a jornada de trabalho. “É importante a população saber que existe uma fiscalização, para que as atividades ocorram da melhor forma possível”, acrescenta Carla.
A procuradora ainda destaca a função social do convênio, que promove a ressocialização do preso. “Tanto o Estado, como o Município, devem desenvolver políticas públicas para garantir que o serviço público seja prestado com qualidade, mas também reintegrar essas pessoas que estão à margem da sociedade, que não teriam possibilidade de emprego e remissão de pena”, comenta. Pelo serviço prestado vão receber, mensalmente, o equivalente a 75% de um salário mínimo, valor destinado às suas famílias.
Irati segue o exemplo de outros municípios, como Guarapuava e Prudentópolis, em que o mesmo formato de convênio funciona e traz resultados positivos.
(Matéria: Secom/Irati*).