Assinado durante o 1º SmartCity, em 28 de abril, o Projeto de Lei 32/2023 que autoriza a implantação da tecnologia 5G em Guarapuava promete ser um divisor de águas na transmissão de dados no município. A lei, que foi sancionada pelo prefeito Celso Góes, destaca Guarapuava como a primeira cidade do interior do Paraná e a segunda do Estado a contar com esta tecnologia.
“Volto a dizer que estou extremamente feliz ao assinar esta lei. Estamos conectados com o futuro e isso nos alegra muito. Guarapuava vive um dos seus melhores momentos e isto, graças a tantas pessoas que pensam, planejam e trabalham. Somos a segunda cidade do Paraná a aderir ao 5G e a primeira do interior, uma vez que até agora, somente Curitiba aderiu a esta tecnologia”, considerou o prefeito.
A Ligga Telecom foi a empresa que ganhou a concessão para explorar o serviço no município. Ricardo Montanher, diretor comercial de vendas da Companhia, fez uma palestra e disse da importância do sinal 5G para a população.
“Hoje, Guarapuava entra em uma nova era da comunicação. O 5G é um sinal ultrarrápido que faz toda a diferença na vida das pessoas. Mas para que funcione corretamente, é preciso que haja torres de retransmissão e Guarapuava oferece isso, pois cada luminária pode se transformar em uma antena e, com isso, a população fará uso da tecnologia de ponta”, detalhou Ricardo.
SOBRE A LIGGA
Nascida no Paraná, com a fusão de várias outras empresas de telecomunicação, a Ligga está em plena fase de expansão, segundo sublinha o presidente da empresa, Wendell Alexandre Paes de Andrade de Oliveira. Ele ressalta que todos os envolvidos com a Companhia estão cientes dos desafios e que isso é fator motivador para que se trabalhe ainda mais para levar a tecnologia da conectividade a todas as pessoas, rompendo assim, as barreiras que até agora existiram. “Atuamos no Estado do Paraná e São Paulo e, em breve, iniciaremos uma expansão pelo Brasil, oferecendo um portfólio de soluções para residências e empresas. Com a aquisição de licenças 5G no último leilão da Anatel, a Ligga passará a atender cerca de 46% da população de todo o território nacional, abrangendo os Estados do Paraná, São Paulo, Pará, Maranhão, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas. Com isso, eu afirmo, que seremos uma das maiores operadoras de Telecom do Brasil”, disse Wendell, que acrescentou que a escolha do nome “Ligga” foi realizada por meio de uma votação dos paranaenses.
5G NO BRASIL
O ano de 2021 foi marcado pela discussão sobre os avanços que a tecnologia 5G poderia trazer para diversas indústrias e serviços em todo o País. O passo que deu início à revolução na telefonia nacional foi dado pela Claro, a primeira operadora a implementar o 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing, ou espectro de compartilhamento dinâmico), uma espécie de “serviço intermediário” entre o 4G e o 5G.
Desde o começo, a opinião foi unânime: o 5G é a revolução mundial da tecnologia. No Brasil, o sistema promete agilidade e precisão nas diversas operações e nos múltiplos setores.
OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO 5G
Um dos pontos mais atrativos para o uso do 5G são os benefícios para diferentes áreas, como telemedicina, educação, agricultura e transportes. E a principal novidade é a baixa latência. Ou seja, o tempo entre o upload e download de um dado, que será de 1 milissegundo, no máximo. Em termos de comparação, a latência média do 4G é entre 45 e 50 milissegundos.
Além disso, a rede 5G será capaz de gerar uma experiência mais imersiva, com o tempo de resposta dos comandos praticamente zerado — isso significa que acionar um botão no jogo fará com que a ação seja executada imediatamente. Quando se trata de e-sports, por exemplo, 1 milissegundo faz toda a diferença em uma jogada decisiva que pode levar à vitória.
5G NA ÁREA DA SAÚDE
A pandemia do coronavírus evidenciou a necessidade de levar cada vez mais atividades para o âmbito virtual. Estudos divulgados pela Revista Saúde mostram que 83% dos pacientes no Brasil pretendem usar a telemedicina mesmo após o fim da crise sanitária. A utilização do 5G no Brasil e na telemedicina é essencial principalmente devido à democratização do serviço e à expansão para áreas mais remotas e menos assistidas tecnologicamente, como áreas rurais.
A realidade virtual e a computação espacial também encontram melhor sustentação para funcionamento no 5G. Ao utilizar ambas para o treinamento de profissionais da saúde, o sucesso em cirurgias delicadas pode ser garantido, já que procedimentos complexos podem ser testados sem pôr a vida de pacientes em risco. A prática vem sendo executada em cursos de Medicina no exterior e no Brasil.
Já o monitoramento remoto, muito utilizado em áreas como cardiologia, tem futuro na implementação de dispositivos capazes de controlar parâmetros específicos da saúde do paciente. Além de facilitar a transmissão dos dados, a inteligência artificial, que é muito beneficiada pelo 5G, é capaz de analisar grandes quantidades de informações médicas, identificando padrões com mais rapidez e facilidade.
Para o Sistema Único de Saúde (SUS), essas práticas serão muito proveitosas, principalmente devido ao volume de pacientes que o utilizam: cerca de 167,2 milhões de brasileiros, o correspondente a 80% da população.
(Matéria: Pref. de Guarapuava*).