Nessa segunda-feira (19), a Escola Clotilde dos Santos Gomes celebrou o Dia do Refugiado.
Na ocasião especial, os alunos contaram com a presença da refugiada ucraniana Yuliia Antiokova, que atualmente mora em Prudentópolis, buscando refúgio da terrível guerra que assola seu país.
Yuliia compartilhou com as crianças suas experiências de vida desde o início da guerra, revelando as coisas que teve que deixar para trás e as pessoas queridas que perdeu em decorrência de um conflito sem previsão de término.
De acordo com a professora Leila Maria Lupepsa, Yuliia falou sobre as tristezas, dificuldades e a imensa saudade que sente de sua terra natal, da qual foi forçada a se afastar.
“No entanto, também enfatizou que foi acolhida de forma calorosa no Brasil. Ela ressaltou a importância de sermos gratos por tudo o que Deus nos proporciona, afirmando que sua vinda para o Brasil é uma segunda chance concedida por Ele, e que, apesar da devastação diária que ocorre na Ucrânia, tudo ficará bem”, disse a professora.
Além de Yuliia, a escola recebeu o escritor e historiador Anderson Prado, que apresentou seu livro intitulado A fortaleza de Wira.
A obra retrata a vida de uma sobrevivente do Holodomor, a grande fome imposta pela coletivização de grãos e alimentos realizada pelo regime stalinista nos territórios da União Soviética entre 1932 e 1933, bem como os horrores do nazismo. O autor relacionou brevemente a história da Ucrânia com o relato de Yuliia, criando uma conexão entre passado e presente.
“Esse encontro especial despertou nos nossos alunos um maior interesse pela leitura e pela escrita. Eles puderam perceber como as histórias reais podem nos tocar profundamente e nos proporcionar aprendizados valiosos sobre resiliência, empatia e compaixão. A conversa com Yuliia e a apresentação do livro de Anderson Prado foram enriquecedoras tanto para os educandos quanto para os convidados, gerando um intercâmbio de conhecimento e uma valorização ainda maior do respeito e do acolhimento aos refugiados”, completou a professora.
Conforme a escola, a educação é um poderoso instrumento de transformação e integração social.
Continuaremos a desenvolver atividades que promovam a conscientização sobre a causa dos refugiados, para que nossos alunos possam se tornar agentes de mudança e solidariedade em suas vidas.
(Informações e imagens: Leila Maria Lupepsa, revisão Nossa Gente**).