O procurador de justiça e coordenador estadual do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti, confirmou que o policial militar afastado de suas funções é do batalhão, que está sediado em Guarapuava. Ele é suspeito de usar o banco de dados do Estado no esquema, repassando informações confidenciais aos criminosos. De acordo com Batisti, ele ainda não foi preso por falta de provas. O nome do policial, assim como dos demais envolvidos, segue em sigilo pela investigação do Gaeco e da Polícia Civil.
A OPERAÇÃO
Pela manhã, agentes do núcleo operacional de Guarapuava cumpriram 14 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão entre os três municípios. De acordo com o MP-PR, os mandados de prisão preventiva são dirigidos a oito homens e seis mulheres, dentre os quais sete têm envolvimento com crimes já apurados em inquérito ou ação penal. Foram 14 buscas em Guarapuava e duas em Londrina, realizadas em dez residências e seis locais comerciais.
Investigações paralelas em Curitiba e Guarapuava apuraram que a organização criminosa comprava veículos roubados, principalmente em Curitiba e Região Metropolitana, e ocultava-os em Guarapuava, adulterando os sinais e obtendo documentos falsos de automóveis com as mesmas especificações. Em seguida, os carros eram anunciados em sites de venda na internet. Em Guarapuava, 11 carros foram apreendidos até o momento, alguns deles considerados de luxo.
Entre os crimes da organização criminosa, estão receptação, adulteração de sinais de veículos, falsificação de documentos e estelionato. Ainda não foram identificados os autores dos roubos, mas a investigação desconfia que eles eram encomendados pelos receptadores.
Fonte: RedeSul de Noticias