Nelson Leal Junior, que foi preso nesta quinta-feira (22), na 48ª fase da Operação Lava Jato, negou todas as acusações em depoimento ao procurador do Ministério Público Federal (MPF) Diogo Castor de Mattos.
Conforme apontam as investigações, Nelson Leal comprou um apartamento de luxo em Balneário Camboriú (SC) por R$ 2,5 milhões sem declarar à Receita Federal, sendo que, 500 mil desse valor foram pagos de dinheiro em espécie, cujo o qual não teve a origem identificada.
Em depoimento, agora afastado diretor geral do DER-PR disse que não costuma pagar despesas pessoais em espécie.
Segundo o Ministério Público Federal, Nelson teria alugado uma embarcação de sessenta pés para o verão de 2017 que custou de R$ 16 mil para utilizar em dois dias. Os valores foram depositados em espécie na conta do titular da empresa, segundo os procuradores.
Os gastos de combustível e marinheiro, que giravam em torno de R$ 4 mil, também eram pagos em espécie por Nelson Leal.
Após a prisão de Nelson Leal que foi indicado ao cargo por seu irmão Pepe Richa, o Governador Beto Richa determinou o afastamento do diretor-geral do DER-PR, Carlos Felisberto Nasser, que é funcionário com cargo em comissão da Casa Civil, também foi afastado das funções por determinação do governador. Segundo o MPF, Nasser recebeu quase R$ 3 milhões de duas empresas ligadas do Grupo Triunfo, do qual faz parte a Econorte.