O Coritiba está rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. A confirmação veio com a derrota para o Fluminense por 2×1, na noite deste sábado (25), no Maracanã.
Apenas nos últimos 20 anos de competições por pontos corridos o Coxa cai pela quinta vez. As anteriores foram em 2005, 2009, 2017 e 2020.
Apesar de confirmado apenas agora, o rebaixamento era esperado, ainda mais se lembrarmos que o Alviverde não saiu uma rodada sequer da ZR neste Brasileirão.
Por sinal, o Coritiba 2023 vai entrar para a história – e pela porta dos fundos. Além de estar no momento com a sua pior campanha nos pontos corridos, o Coxa já detém dois ‘recordes’. Com as 35 rodadas na zona de rebaixamento, o clube passou a ser o que mais frequentou a ZR desde o início do Brasileirão em dois turnos.
E a defesa, que já sofreu …. gols, é a pior dos 114 anos alviverdes. Nunca o time havia sofrido mais de 60 gols em uma única competição. Além disso, o time ainda viveu o maior jejum de vitórias da história, 18 jogos sem vencer.
Estes números mostram a péssima campanha do Coritiba neste Brasileirão – e ainda sem citar a sequência de oito derrotas consecutivas no campeonato.
Por mais que a equipe tenha tido poucos desempenhos satisfatórios no elenco (Robson, Marcelino Moreno) e que o técnico Thiago Kosloski tenha em determinados momentos tirado leite de pedra ao receber um elenco frágil e emocionalmente abalado, o rebaixamento do Coxa é inconstestável. E é o ‘cartão de visitas’ da Treecorp, agora a dona da SAF alviverde.
Mas não se pode tirar a responsabilidade dos antigos gestores. Após a morte de Renato Follador e o afastamento de Juarez Moraes e Silva, o Coritiba ficou à deriva, sob comando interino.
Foram os últimos cartolas antes da SAF, e foram – no mínimo – os que assinaram com técnicos como António Oliveira e Antônio Carlos Zago e com uma série de jogadores que fracassaram.
Sem contar erros brutais de avaliação, como com Rodrigo Pinho e Júnior Urso, e a falta de foco que também une Coxa e SAF. Afinal, quando o time claudicava no início do ano surgiu uma inacreditável discussão sobre mudança de escudo, e às vésperas do rebaixamento “vazaram” imagens de um “novo Couto”.
O despreparo dos dirigentes da associação e a qualidade discutível dos gestores da SAF tiveram como ‘cereja do bolo’ o distanciamento dos donos. Os três sócios da Treecorp foram vistos apenas uma vez no Couto Pereira, ofuscados pela presença midiática de Roberto Justus.
E o empresário e apresentador, em um evento fechado, reclamou das cobranças da torcida do Coritiba. Desde que estão a valer no Coxa, nenhum dos principais acionistas deu entrevista, o CEO Carlos Amodeo não responde a todas as perguntas e o executivo Artur Moraes só falou uma vez.
Rebaixado, o Coritiba terá como grande prioridade de 2024 o retorno à primeira divisão na disputa da Série B. Será a 14ª participação alviverde na Segundona, e o Coxa terá a possibilidade de se tornar o maior campeão da competição – o clube conquistou o troféu em 2007 e 2010.
Nos próximos dias, será conhecido o plano da Treecorp para o ano que vem, em que além da Série B o Cori disputa o Campeonato Paranaense e a Copa do Brasil.
Lembrando que, nas propostas apresentadas ao mercado, o fundo de investimentos prevê o Coritiba entre os dez maiores clubes do País até 2030.
Fonte Banda B