A Cadeia Pública Feminina de Pitanga, na região central do Paraná, doou 590 kits com toucas e cachecóis infantis para crianças de instituições sociais dos municípios da região. Os materiais foram confeccionados em um projeto de artesanato em que mulheres privadas de liberdade produzem peças para promover reintegração. A iniciativa teve o apoio do Poder Judiciário e do Conselho da Comunidade de Pitanga.
O projeto de artesanato desenvolvido na Cadeia Pública Feminina visa não apenas a produção de itens essenciais para o inverno, mas também a capacitação profissional e educacional de mulheres. “Além disso, proporciona remição de pena através do trabalho e promove o bem-estar social ao oferecer uma atividade produtiva e significativa”, explica a gestora da unidade, Sueli Siqueira. “É uma iniciativa simples, mas que demonstra nossa solidariedade. O projeto continuará até o fim do inverno”.
Segundo o juiz Márcio Iglesias de Souza Fernandes, além de atender crianças da comarca, 300 peças da produção foram enviadas ao Rio Grande do Sul para ajudar as famílias impactadas pelas enchentes do mês. “O projeto foi concebido pelo Poder Judiciário, mas recebeu amplo apoio da Polícia Penal e do Conselho da Comunidade de Pitanga. Pessoalmente, fiquei surpreso com a qualidade e a rapidez na confecção das vestimentas”, destacou.
“Além de ser uma maneira de elas estarem produzindo, ainda ajudam famílias em vulnerabilidade social. É uma alegria fazer parte deste projeto”, complementa o presidente do Conselho da Comunidade, Wellington Senger. “É uma forma de incentivar que as apenadas colaborem com a comunidade e se sintam valorizadas”.
Até o momento, os itens foram destinados aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dos municípios de Santa Maria do Oeste e Mato Rico, além do Centro de Educação Infantil Santa Izabel de Pitanga, além do Rio Grande do Sul.