O agricultor acusado de feminicídio contra sua esposa irá a júri popular nesta quarta-feira, 30 de outubro de 2024, em Prudentópolis. O caso chocou a comunidade local e levantou debates sobre a violência doméstica. A defesa do acusado alega que a morte da vítima foi resultado de uma suposta negligência hospitalar, enquanto o Ministério Público sustenta que a causa do óbito foi consequência direta das agressões sofridas.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Civil, registrado em setembro de 2022, a vítima que era moradora da Marrecas de baixo, relatou ter sido agredida e ameaçada de morte pelo marido em diversas ocasiões. Em um dos episódios, ela foi expulsa de casa e agredida com um pedaço de madeira, apresentando lesões nas coxas, abdômen, braços e cabeça. A mulher buscou refúgio na casa de um de seus filhos e acionou a polícia, que a encaminhou ao hospital.
Após atendimento médico e a realização de um laudo de lesões, a vítima foi liberada do hospital, mas seu estado de saúde se agravou, levando ao óbito. A defesa argumenta que uma suposta falha no atendimento hospitalar contribuiu para a morte, enquanto o Ministério Público afirma que as lesões causadas pelo acusado foram diretamente responsáveis pela piora e falecimento da vítima.
A expectativa é de que o júri analise detalhadamente as circunstâncias da morte e os laudos médicos apresentados, em um caso que pode trazer respostas para a comunidade sobre a responsabilidade dos envolvidos.