Em Ponta Grossa polícia desarticula organização criminosa responsável por e 21 homicídios consumados e 6 homicídios tentados

11 de dezembro de 2024 às 08:41

A Polícia Civil de Ponta Grossa, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Militar, com apoio do canil da Guarda Municipal, desencadearam hoje operações policiais conjuntas visando desarticular uma organização criminosa em atuação na cidade de Ponta Grossa e outras regiões do Estado e do país.

As investigações que culminaram no desencadeamento da operação tiveram início após o setor de homicídios da Polícia Civil detectar que o grupo criminoso havia constituído uma milícia privada para execução de seus rivais e desafetos, elevando o número de mortes na cidade de Ponta Grossa.

Após a coleta de diversas provas de atuação do grupo criminoso, que contou com apoio do setor de inteligência da Polícia Penal, foi constatado que membros da milícia já eram alvos de investigações pelo GAECO, pela prática de diversos crimes, dentre os quais pertencer a organização criminosa e lavagem de capitais.

Atendendo solicitação do Delegado Chefe da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, dr. Nagib Nassif Palma, foi instituído um grupo de trabalho integrado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), Polícia Militar do Paraná (PMPR) e pelo GAECO para investigar as atividades do grupo.

Para identificar todos os envolvidos na trama criminosa e desarticular as atividades da organização, foram instaurados três inquéritos policiais.

A PCPR, através do setor de homicídios, ficou responsável pelas investigações relacionadas a atuação da milícia.

O GAECO, em nova fase da Operação Pax, responsável pelas investigações relacionadas a atuação da organização criminosa, com enfoque na lavagem de dinheiro promovida pelo grupo, visando atacar as finanças da organização.

A PCPR, em conjunto a PMPR, responsável pelas investigações relacionadas as associações criminosas do grupo, visando a identificação de envolvidos com a traficância de drogas e porte ilegal de armas de fogo.

O Delegado-Chefe da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa aponta que “As operações deflagradas refletem o êxito do trabalho conjunto entre a Polícia Civil, a Polícia Militar e o GAECO, demonstrando a eficácia da integração entre forcas de segurança no combate ao crime organizado”.

OPERAÇÃO DAYBREAK (PCPR)

O setor de homicídios de Ponta Grossa, chefiado pelo Delegado Luís Gustavo Timossi, ficou responsável pelas investigações relacionadas à identificação e desmantelamento da milícia formada para auxiliar nas atividades da organização criminosa.

As investigações apontaram que o bando formou um grupo de extermínio, responsável por diversos homicídios na cidade de Ponta Grossa, com atuação em outras cidades da região dos Campos Gerais.

No curso das investigações, as provas colhidas demonstraram que o grupo estava atuando em Ponta Grossa ao menos desde janeiro de 2023, sendo responsável pela prática de 21 (vinte e um) homicídios consumados e 6 (seis) homicídios tentados.

Foram identificados os seguintes homicídios consumados praticados pelo grupo: Elivelton William De Oliveira (29/01/2023), Wesley Braga (04/02/2023), Fernanda Sabrina Gonçalves de Lima (13/02/2023), Rafael dos Santos (31/03/2023), David Gonçalves de Oliveira (16/04/2023), Alexandre de Quadros Palhano (17/04/2023), Daiane Alessandra Hatmann Siletokei (14/12/2023), Charles Henrique dos Santos Freitas (18/01/2024), Railan dos Santos Libano (29/01/2024), Aldemir Correia (10/03/2024), Douglas Guilherme Campos dos Santos (30/03/2024), Everton Alexandre da Silva (12/04/2024), Altair Teixeira Pinto (27/04/2024), João Victor dos Santos (28/04/2024), João Victor de Oliveira (02/05/2024), Bruna Gabrielly Indrzicard de Lima (21/05/2024), Verli Vitor Teixeira da Silva (17/06/2024), Edjalma Kayky Ferreira dos Santos (26/06/2024), Jefferson Ednilson Rocha Santo (11/07/2024), Ricardo Pereira (25/07/2024) e Marines Ferreira dos Santos (21/08/2024).

Foi identificada a atuação do grupo criminoso em seis tentativas de homicídio: Daiane Alessandra Hatmann Siletokei (11/02/2023), Rafael Ribeiro Camargo (25/03/2024), Igor Jeferson Massalak Preisner (16/05/2024), Luiz Felipe Novak da Silva (16/05/2024), Pedro Paulo Massalak Preisner (16/05/2024) e Marilaine da Silva Natel (15/04/2024).

De acordo com o delegado Luís Gustavo Timossi, o grupo é suspeito de envolvimento em diversos outros homicídios, cujos trabalhos periciais devem comprovar a atuação do bando.

No curso das investigações, identificou-se que a milícia era comandada por um indivíduo que já se encontrava preso na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, de onde emitia as ordens para os assassinatos, chegando a acompanhar em tempo real as execuções, muitas vezes por chamadas de vídeo.

Foi identificado que quando não conseguia acompanhar as mortes, o chefe do grupo de extermínio solicitava que vídeos com as execuções fossem registrados e lhe encaminhados na sequência.

Foi identificado que o grupo, bem estruturado, possuía ao menos 28 (vinte e oito) integrantes, sendo 6 (seis) adolescentes.

Identificou-se que o grupo de extermínio possuía diversos núcleos. Além da chefia, foi identificada a participação de indivíduos associados, que se utilizavam da estrutura do bando para determinar/solicitar a prática de homicídios de rivais e desafetos; de um responsável financeiro, a quem competia realizar os pagamentos aos executores; um grupo de apoio logístico, responsável por auxiliar no planejamento da fuga até o transporte dos criminosos; um setor com olheiros da milícia, responsável por realizar levantamento das residências dos alvos, bem como ocultar as armas de fogo após a prática dos homicídios, buscando evitar as prisões em flagrante, além de um núcleo de executores, formado principalmente, mas não só, por adolescentes.

O uso de adolescentes visava, especialmente, à impunidade do grupo, em razão da previsão de penalidades mais brandas em razão da menoridade.

No curso das investigações, a Polícia Civil conseguiu prender diversos membros da milícia, além de identificar e apreender seis adolescentes envolvidos nas atividades criminosas, sendo solicitado à Polícia Penal a transferência do chefe do grupo criminoso de unidade penal. A polícia logrou êxito ainda em apreender diversas armas de fogo que eram utilizadas pela milícia.

Após a identificação dos envolvidos, foi representado junto ao Poder Judiciário pela expedição de mandados de prisão e busca e apreensão visando desarticular as atividades do grupo.

Além do crime de milícia, previsto no art. 288-A do Código Penal, as investigações identificaram a prática dos crimes de tortura (art. 1º, inciso I, alínea “a” da Lei 9.455/1997) e de corrupção de menores (art. 244-B do ECA). As penas, somadas, podem chegar a 16 (dezesseis anos).

O delegado do setor de homicídios aponta que além das penas relacionadas a atuação do grupo, os investigados devem responder pelos homicídios cuja participação de cada um foi identificada.

No caso do chefe do bando, em que as investigações apontam para atuação direta em todos os homicídios, as penas, somadas, podem chegar a até 750 (setecentos e cinquenta) anos de prisão.

Na data de hoje, são cumpridos 16 (dezesseis) mandados de prisão preventiva, além de outros 16 (dezesseis) mandados de busca e apreensão.

Foi determinado ainda pelo juízo da 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa a transferência de um preso para o sistema penitenciário federal, além do imediato isolamento de outros três presos da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, que foram identificados como associados do grupo

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