O Governo do Estado vai reforçar os trabalhos de atuação de policiais e bombeiros estaduais com cães por meio da aquisição de 93 novos animais.
A compra será feita por meio de procedimento licitatório, cujo
pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), com um investimento estimado em R$ 5,5 milhões.O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, que destacou que a compra dos cães visa reforçar a estrutura das forças de segurança estaduais, em complemento a outras ações, como a compra de helicópteros, viaturas e armamentos. “Esse é um complemento do trabalho dos nossos policiais, pois os cães são muito eficientes não apenas no policiamento ostensivo, mas também no combate ao tráfico de drogas, no socorro a vítimas de desastres e em ações de fiscalização”, afirmou.
“O Paraná vive o menor índice de criminalidade nos últimos 17 anos, fruto dessa estratégia de reforço estrutural e de valorização das forças de segurança pública, o que passa pelo aumento de 50% no efetivo de cães de faro à disposição dos policiais e bombeiros do Estado”, acrescentou o governador.
Atualmente, a Sesp conta com um efetivo de aproximadamente 200 cães, distribuídos em todas as regiões do Estado e em todas as corporações.
Os animais atuam em conjunto com membros Polícia Militar – especialmente o Batalhão de Polícia de Choque e o Batalhão de Polícia Rodoviária –, Corpo de Bombeiros e em operações da Polícia Científica, Polícia Penal e Polícia Civil, que conta com o Núcleo de Operações com Cães. No Corpo de Bombeiros Militar, os animais trabalham junto ao Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost).
Durante o anúncio, o secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, lembrou que os animais são peça fundamental para aumentar os índices de segurança estadual e na atuação em situações de emergência. “Os cães têm ajudado os policiais paranaenses a baterem recordes de apreensão de drogas no Estado, assim como na localização de criminosos”, disse. “Por meio do Gost, estes animais também tem sido enviados para outros estados, como o Rio Grande do Sul, para ajudar no salvamento a vítimas de desastres”.
ATUAÇÃO – Devido à sua alta capacidade olfativa, os cães apoiam policiais e bombeiros paranaenses em uma série de atividades. Entre as principais, estão a detecção de drogas e explosivos, fiscalizações de veículos em estradas, salvamentos de vítimas de desastres e busca de pessoas desaparecidas.
Os animais também atuam em operações de controle de multidões e patrulhamento, nas quais a presença deles ajuda a prevenir atividades criminosas e serve de apoio tático aos agentes de segurança.
Dos 93 animais previstos no edital pelo Governo do Estado, 78 deles deverão ser fornecidos já adultos, com idade entre 12 e 36 meses, devidamente treinados para executar as suas funções.
Os outros 15 serão fornecidos ainda filhotes para passarem por treinamento específico para atividades de buscas de pessoas, entorpecentes, armas e munições.
Os cães a serem fornecidos deverão ser de raças específicas, definidas com base nas características necessárias para o cumprimento da função a ser exercida por cada animal. Entre elas, estão os pastores alemão, belga e holandês, os bracos alemão, húngaro, de avergne e francês, retriever do labrador, beagle, bloodhound, border collie, weimaranar, blue heeler e red heeler.
Segundo o diretor Estrutural da Secretaria da Segurança Pública, major Cecílio Campiolo, o instrumento foi elaborado com estas características a partir da identificação da demanda existente nas diferentes forças policiais. “Algumas corporações já contam com policiais treinados e capacitados para treinar os cães, enquanto outras ainda não tem esse profissional e precisam de um animal que já esteja treinado e pronto para atuação”, justificou.
A aquisição ocorrerá via ata de registro de preço com empresas credenciadas no pregão eletrônico. Os novos cães deverão ser adquiridos de maneira gradativa, divididos em dez lotes ao longo de um ano de vigência do processo licitatório, que pode ser prorrogado por mais um ano.
Durante este período, a Sesp deverá fazer adequações na estrutura para recepção dos animais e o treinamento de mais policiais para a realização de atividades conjuntas com os cachorros.
De acordo com o diretor da Sesp, o modelo de contratação tomou como base estudos feitos pela equipe interna junto a outras forças policiais do Brasil e do mundo. “Esta é uma evolução em relação aos procedimentos anteriores, quando eram adquiridas matrizes para reprodução, além do recebimento de cães doados, o que representava um processo mais demorado para termos os animais aptos a atuar.
Com este contrato, temos mais garantias legais em relação ao emprego dos animais e um uso mais eficiente dos recursos públicos”, comentou.
K9 – Com a aquisição dos novos animais e a criação da CIOC, a Sesp estuda agora a adoção de um modelo inspirado nas polícias dos Estados Unidos. Chamada de K9, ela envolve a possibilidade de que os cães atuem como verdadeiros parceiros dos agentes de segurança, passando a morar com eles em vez de permanecerem em um canil quando não estão em serviço.
Esse modelo é conhecido por fortalecer o vínculo entre o policial e o cão, além de permitir um treinamento contínuo de disciplina mesmo fora do serviço e proporcionar mais bem-estar ao animal devido ao contato mais constante com os humanos.