Jardim do Palácio Iguaçu recebe clone de araucária de 700 anos

25 de junho de 2025 às 15:10

No Dia Nacional da Araucária, celebrado nesta terça-feira, 24 de junho, o Palácio Iguaçu ganhou uma muda clonada de uma araucária de 700 anos. O plantio foi feito pelo governador em exercício Darci Piana e pelo secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, no jardim da sede do Executivo estadual.

A espécie de Araucaria angustifolia teve os genes clonados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a partir de uma árvore de aproximadamente 700 anos que tombou em 2023, em Cruz Machado, no Sul do Paraná. A clonagem coordenada pela Embrapa Florestas do Paraná é considerada um feito inédito na pesquisa florestal brasileira.

O plantio foi feito com a presença das crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Centro Cívico do Colégio Estadual Aline Picheth. “Esta árvore, que é símbolo do Paraná, vai ficar para as próximas gerações dos paranaenses”, disse Piana. “Ela é fruto de projetos de pesquisa, que vêm trazer as soluções para a preservação da espécie. A Embrapa trouxe de volta uma araucária de 700 anos, preservando nossa memória e o principal bioma do nosso Estado”.

A árvore, com 42 metros de altura, era considerada a maior do Paraná da espécie, símbolo da paisagem local. O projeto de resgate genético resultou em quatro mudas clonadas que também foram plantadas em Cruz Machado, cidade de origem da árvore.

“A ressurreição dessa árvore, no Dia da Araucária, demonstra que o bioma da araucária nunca vai acabar no Paraná. A árvore caiu em novembro de 2023, mas ela geminou aproximadamente no ano de 1.300”, destacou o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca. “Ela foi recomposta geneticamente pela Embrapa e vai ficar aqui, no Palácio Iguaçu, como símbolo da permanência da araucária na paisagem do Paraná e na alma paranista”.

A clonagem de uma planta tão antiga apresentou grandes desafios, pois a regenerabilidade de tecidos de árvores idosas é reduzida. No entanto, o pesquisador da Embrapa Ivar Wendling conseguiu produzir quatro mudas de tronco, preservando o DNA da árvore original. Por serem originárias de tecidos adultos, as mudas clonadas irão originar árvores de porte menor, mas que começam a produzir pinhão mais cedo do que uma árvore convencional, beneficiando produtores rurais interessados no uso sustentável da espécie.

Ivar Wendling, pesquisador da Embrapa Floresta e responsável pela clonagem, explicou que a pesquisa genética deve ajudar a entender os motivos que levaram à longevidade da planta, ajudando na preservação futura da espécie. “O processo de clonagem foi um grande desafio, mas teve um resultado interessante”, contou.

“Fomos até Cruz Machado procurar as brotagens verdes, partes vivas da árvore que tombou. Esses brotos foram colocados em caixas de isopor com gelo, da mesma forma como se transporta órgãos para transplante, para fazer o processo de enxertia em uma muda nova. Fizemos mais 50 tentativas de enxertia e conseguimos quatro plantas de tronco”, explicou Wendling.

CLONAGEM – A técnica usada para esta clonagem foi a enxertia, que consiste em unir um fragmento da planta original a uma muda jovem. No caso da araucária clonada, logo que a árvore caiu foram coletados brotos que foram então enxertados em mudas já estabelecidas, garantindo que o novo indivíduo possua o mesmo material genético da planta original. Esse processo permite a regeneração da árvore a partir de suas próprias células, mantendo características como resistência e produtividade.

O enxerto pode ser feito a partir de brotos do tronco ou do galho da árvore, resultando em diferentes formatos de plantas. As mudas de tronco tendem a crescer como árvores convencionais, enquanto as de galho originam as chamadas “mini araucárias”. Os dois tipos produzem pinhões mais precocemente. Após a enxertia, as mudas passaram por um período de crescimento antes do plantio definitivo em campo.

No caso de árvores idosas, a clonagem é mais difícil devido à baixa capacidade de regeneração dos tecidos mais velhos. Com o passar dos anos, as células das plantas reduzem sua taxa de multiplicação e perdem parte de sua capacidade de originar novos indivíduos.

Além disso, árvores muito antigas possuem um sistema hormonal diferente do de plantas jovens, o que pode dificultar o crescimento dos enxertos e reduzir o sucesso da clonagem.

No caso desta araucária, com idade estimada em cerca de 700 anos, a Embrapa precisou realizar experimentos para identificar as condições ideais de cultivo das mudas clonadas. O sucesso do procedimento representa um avanço na tecnologia florestal, abrindo caminho para a conservação genética de outras árvores centenárias.

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